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Internacional
Terça - 29 de Agosto de 2006 às 17:05

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Na maior economia do mundo, um em cada oito norte-americanos e quase um em cada quatro norte-americanos negros viviam na pobreza no ano passado, afirmou na terça-feira o Escritório do Censo dos Estados Unidos, em números que praticamente ficaram inalterados em relação a 2004.

A pesquisa também mostrou que 15,9 por cento da população, ou 46,6 milhões de pessoas, não tem plano de saúde. A proporção subiu 0,3 ponto percentual em relação a 2004, no quinto aumento seguido.

Foi a primeira vez, desde que o presidente George W. Bush assumiu o poder, em 2001, que a taxa de pobreza não aumentou. Assim como nos anos anteriores, os dados mostraram que a pobreza se concentra especialmente entre os negros e a população de origem hispânica.

No total, cerca de 37 milhões de americanos estavam abaixo da linha da pobreza, definida como uma renda anual de menos de 10 mil dólares ao ano por indivíduo, ou de menos de 20 mil dólares para uma família de quatro pessoas. A definição é bem diferente da usada pelo Banco Mundial, que determina a linha da pobreza como abaixo de 1 dólar por dia de renda per capita.

A última redução na proporção de pobreza nos Estados Unidos foi registrada em 2000, o último ano do governo de Bill Clinton, quando ela caiu para 11,3 por cento.

"Isso mostra que estamos gastando mais dinheiro que nunca em programas de combate à pobreza e que não fizemos nada para reduzi-la", disse Michael Tanner, do Instituto Cato, um centro de estudos sobre livre mercado, com sede em Washington.

Cerca de um quarto dos negros e 21,8 por cento dos hispânicos estavam abaixo da linha da pobreza. Entre os brancos, a taxa flutuou de 8,7 por cento em 2004 para 8,3 por cento.

"Entre os afro-americanos, o problema está ligado principalmente aos centros urbanos e às mães solteiras", disse Tanner. Segundo ele, os negros também sofrem mais com problemas na educação e com empregos menos especializados.

A renda média da população negra, de 30.858 dólares ao ano, representa apenas 61 por cento da renda média dos brancos.

Uma proporção de 17,6 por cento das crianças e jovens de menos de 18 anos e de 20 por cento nas crianças de menos de 6 anos estavam na pobreza. A proporção é maior que em qualquer outra faixa etária.

A renda familiar média real subiu 1,1 por cento, de 45.816 dólares para 46.326 dólares — o primeiro aumento desde 1999.

Os números incluem grandes variações regionais. A renda média em Nova Jersey era de 61.672 dólares ao ano, contra 32.938 dólares no Mississippi.

Entre as grandes cidades com proporções altas de pobres estavam Cleveland, com 32,4 por cento, e Detroit, com 31,4 por cento dos habitantes abaixo da linha da pobreza.





Fonte: Reuters

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