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Nacional
Terça - 29 de Agosto de 2006 às 17:00

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O setor siderúrgico brasileiro espera que os principais candidatos à Presidência da República definam o crescimento econômico do país como meta prioritária do próximo governo.

Classificando o momento econômico atual do Brasil como "estagnado", o presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), Luiz André Rico Vicente, destacou que a opção do atual governo pelo programa de ajuda aos mais pobres saiu muito caro e não gerou empregos.

"Os projetos que geram empregos ainda são uma expectativa. Esperamos que o próximo governo encare o crescimento econômico como prioridade", afirmou Vicente a jornalistas nesta terça-feira.

Ele informou que, até o momento, o setor se reuniu apenas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas representantes do principal adversário, Geraldo Alckmin, do PSDB, já receberam as reivindicações do segmento siderúrgico do país.

Para estimular o crescimento, a proposta básica, segundo Vicente, é a redução da carga tributária.

"Hoje temos uma prática medieval de tributar investimentos antes de serem realizados. Isso espanta qualquer investidor", ressaltou o executivo.

Como exemplo, Vicente citou o caso da Gerada Abominas, a qual preside, que está investindo 1,5 bilhão de dólares para expandir sua produção. Com isso, vai recolher antecipadamente 400 milhões de dólares em impostos, que serão ressarcidos ao longo do tempo.

"Isso é um espantalho para novos negócios", declarou.

Segundo Vicente, os dois principais candidatos se mostraram sensíveis ao pleito e prometeram que a carga tributária poderá ser revista no futuro.

A indústria pediu também aos candidatos estabilidade nas regras, "porque o conflito entre agências reguladoras e ministérios também afastam investidores", e melhoria no segmento logístico. "Existe a intenção, pelo menos dos dois candidatos (Lula e Alckmin) de que o novo governo será de crescimento", afirmou o executivo.

O IBS divulgou nesta terça-feira que a produção do setor deve cair 1,8 por cento este ano. Vicente ressaltou, no entanto, que, se houver um aquecimento da economia o segmento, terá condições de atender o mercado.

"Exportamos quase metade da nossa produção. Podemos rapidamente atender qualquer explosão de consumo, mas tem que ter a explosão primeiro", concluiu.





Fonte: Reuters

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