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Cidades/Geral
Terça - 29 de Agosto de 2006 às 10:05

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Um paciente está internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) em Tangará da Serra suspeito de ter contraído o hantavírus. André Costa Cintra (32) ainda está em observação no hospital. Nos últimos 15 dias, quatro homens morreram com suspeita de ter contraído a hantavirose. Todas as vítimas trabalhavam em fazendas no município de Campo Novo dos Parecis.

De janeiro até agora, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou 11 casos de hantavirose em Campo Novo, sendo que dessas, sete morreram. Com esses aumento de registros da doença, a Secretaria está desenvolvendo uma ação para combater o vírus principalmente na região de Tangará e Campo Novo. Uma pesquisa é feita nos animais roedores que podem ser os transmissores da doença, além de ser fazer visitas às unidades de saúde rurais para informar aos trabalhadores do campo sobre como se pode contrair o hantavírus.

Segundo a superintendente da Vigilância em Saúde/SES, Silvana Krüger, a doença tem um período de incubação que pode levar até 42 dias, mas a média aqui em Mato Grosso está sendo de 10 dias. "A notificação do hantavírus só pode ser compulsória. Essa notificação é feita de forma imediata para a Secretaria por conta de um sistema de informação. Logo após, a Secretaria monitora e acompanha o paciente suspeito e manda os exame para a sorologia e laboratório de referência", disse a superintendente.

Silvana afirmou ainda que os sintomas da doença dentro desse período em que fica incubado pode aparecer lentamente e às vezes a pessoa nem sabe que contraiu o vírus porque não há sintomas. E a gravidade se dá, de acordo com uma elevação muito rápida, podendo gerar comprometimento cardio-pulmonar e renal. "Os servidores da área da saúde de Tangará e de Campo Novo estão preparados para enfrentar os casos. Desde o primeiro caso registrado em 1999, a Secretaria tratou de qualificar esses profissionais, além de orientar a população quanto a prevenção e controle", afirmou Silvana.

A superintendente ressaltou que na segunda quinzena de setembro começará mais uma etapa da pesquisa dinâmica populacional de roedores silvestres, onde os estudos serão realizados em três meses, sendo as atividades desenvolvidas em uma semama a cada mês, apenas nos períodos de lua nova. Nesses dias serão capturados alguns roedores e as víceras deles encaminhadas para pesquisas em laboratórios, para que seja identificado o tipo de vírus existente na região.

A doença

A hantavirose é uma doença infecciosa grave causada por vários tipos de vírus, existindo mais de 20 tipos pelo mundo. A vítima adquire a doença através de água e comida contaminada; por via respiratória, através do pó das fezes, urina e saliva dos roedores, principalmente ratos; por mordidas de ratos e lesões na pele. O período que leva para desenvolver a doença é de cinco a 42 dias.

Os sintomas são febre, dor de barriga, dores pelo corpo, dor de cabeça e vômitos inicialmente. Segue-se tosse com catarro, falta de ar, pressão alta e edema pulmonar, levando a insuficiência respiratória aguda. O número de mortes é bem grande devido à gravidade dos órgãos atingidos.

Como não existe tratamento direto contra esse vírus, a prevenção é fundamental nessa doença, através:

do controle de roedores: eliminar tudo que possa servir de ninhos ou tocas de ratos, evitar entulhos, armazenar produtos agrícolas longe das residências e em galpões elevados acima do solo, fazer coleta do lixo adequada;

da limpeza de ambientes contaminados: usar desinfetantes como hipoclorito de sódio; em ambientes fechados, fazer ventilação dos locais antes de entrar, usar proteção respiratória (máscara). A limpeza do piso e móveis deve ser feita com pano úmido para não levantar poeira. Alimentos devem ser enterrados em sacos plásticos molhados com detergentes.

só mexer em bichos mortos e alimentos com luvas de borracha. o treinamento dos trabalhadores é importante para evitar contato com o vírus.





Fonte: RMT Online

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