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Nacional
Terça - 29 de Agosto de 2006 às 09:44

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Um disco pirata batizado Funk PCC 2006 se tornou um espécie de sucesso proibido nas bancas de camelôs de São Paulo. Isso porque, supostamente, traz hinos da facção criminosa que tem assustado a capital paulista. O álbum, entretanto, é uma reprodução de canções dos morros cariocas.

O álbum, vendido a R$ 5, traz uma ilustração de um rapaz armado na capa e temas que batem na tecla da apologia ao crime, às drogas a ao assassinato de policiais e "traidores".

"O povo vem comprar sim, porque fala essas coisas. Mas não posso deixar aqui exposto. Se os homens pegam, levam os CDs e me levam junto", diz um camelô.

Em suas faixas, Funk PCC 2006 traz canções de guerra de vários morros do Rio de Janeiro, sotaques cariocas carregados nas letras - e nada que faça referência ao PCC.

Se há uma facção presente na coletânea, ela é o Comando Vermelho. Um das pérolas é uma paródia de Festa, de Ivete Sangalo, com os novos versos "e vai rolar a guerra, vai rolar, Comando Vermelho mandou avisar".

Existem ainda descrições de mortes e até esquartajamentos. Tudo regado a gírias e sons de rajadas de balas.

E o esquema de ocultar os discos, mas continuar vendendo-os, parece dar certo. No Largo da Batata, zona Sul de São Paulo, alguns camelôs negociam os CDs mesmo com viaturas paradas a menos de 30 metros das bancas.





Fonte: Terra

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