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Internacional
Terça - 29 de Agosto de 2006 às 07:34

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Considerada pelo coordenador de Ajuda Humanitária da ONU, Jan Egeland, a crise humana mais negligenciada do mundo, a guerra no norte de Uganda pode estar chegando ao fim após 20 anos de conflito.

Nesta terça-feira entrou em vigor um acordo assinado no sábado entre os rebeldes do LRA (Exército da Libertação do Senhor, na sigla em inglês) e o governo do país.

Os rebeldes têm três semanas para se deslocar ao sul do vizinho Sudão, onde as negociações de paz vão ter início. Milhares morreram, cerca de 20 mil crianças foram envolvidas e mais de um milhão de pessoas deixaram suas casas em decorrência das duas décadas do conflito.

Mutilações Agências assistenciais dizem estar prontas para ajudar as mulheres e crianças capturadas pelo LRA para serem usadas como escravas sexuais e soldados-mirins e que devem ser agora libertadas como parte do acordo de cessar-fogo.

O governo de Uganda diz que não vai atacar os rebeldes enquanto estes se deslocam para o Sudão. O Tribunal Internacional Criminal (ICC, na sigla em inglês) foi contra a oferta de anistia ao líder rebelde, Joseph Kony, dada pelo governo de Uganda.

Ele é procurado por crimes de guerra, acusado de assassinatos, mutilações, estupros e a captura de dezenas de milhares de crianças para forçá-las a lutarem pelo LRA.

O LRA afirma querer governar Uganda de acordo com os Dez Mandamentos da Bíblia e lutar pelos direitos da população do norte do país, que, embora não ofereça apoio ostensivo ao grupo, concorda que seja discriminada pelo governo central.

O governo de Uganda diz não ter conseguido derrotar o LRA nas últimas décadas por causa das dificuldades naturais de se vencer uma guerrilha e pelas restrições à compra de armamentos impostas pelos países doadores, de quem a Uganda é dependente.





Fonte: Agência Estado

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