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Internacional
Terça - 29 de Agosto de 2006 às 07:32

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O Ministério do Interior israelense informou que no primeiro semestre deste ano aumentou em 7 mil o número de colonos nos mais de 150 assentamentos judaicos na Cisjordânia - a Judéia e Samaria bíblicas - desde a guerra de 1967.

Desde 2004, segundo estatísticas reproduzidas nesta terça-feira pelo jornal Maariv, o número de israelenses residentes nesses assentamentos, considerados ilegais pela legislação internacional, subiu para 260,042 (7,5%).

O primeiro-ministro Ehud Olmert e o ministro da Defesa Amir Peretz, líder do Partido Trabalhista, anunciaram ao assumir o poder, em maio, que uma de suas primeiras missões seria desmantelar dezenas de "assentamentos ilegais" - enclaves precários levantados sem a permissão oficial.

As autoridades policiais receberam ordem de agir contra os colonos extremistas, chamados "os jovens das colinas", mas a missão, uma exigência dos Estados Unidos para impulsionar o processo de paz com os palestinos, não se concretizou.

Olmert também tinha anunciado seu "plano de convergência" para fixar as fronteiras definitivas de Israel com um futuro Estado palestino no território da Cisjordânia, seja negociando-as com a Autoridade Nacional Palestina (ANP) ou de forma unilateral.

Pouco depois do início do conflito com o Hezbollah, interrompido por um cessar-fogo no último dia 14, fontes do Governo informaram à imprensa local que Olmert desistiu desse plano, duramente criticado pelos colonos e os partidos da direita, na oposição parlamentar.

Segundo essas fontes governamentais, a decisão de Olmert se deveu ao temor de que os soldados e os reservistas que consideram a Cisjordânia (Judéia e Samaria bíblicas) parte integral do Estado israelense se negassem a combater no Líbano, como ameaçavam alguns.

A iniciativa de Olmert, inspirado pela retirada da Faixa de Gaza feita pelo ex-primeiro-ministro Ariel Sharon, incluía o desmantelamento de dezenas de assentamentos - como ocorreu em Gaza há mais de um ano - e a retirada militar da maior parte da Cisjordânia.





Fonte: EFE

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