Polícia teme novos ataques do PCC em São Paulo
A propaganda feita pela facção criminosa foi detectada pela Inteligência da polícia. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o texto começa dizendo que 'o governo do Estado tem usado os veículos de comunicação para induzir a Justiça e a população a um pensamento equivocado do verdadeiro motivo que nos levou às ações armadas'.
O documento diz ainda que parentes e advogados dos presos estão sendo tratados como detentos nas penitenciárias de Presidente Venceslau e de Presidente Bernardes. Eles também reclamam da atuação dos homens do grupo de Intervenção Rápida (GIR), espécie de tropa de choque da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
A Coordenadoria dos Presídios da Região Oeste do Estado de São Paulo informou que não responderá às acusações do panfleto por se tratar de "comunicados apócrifos que caracterizam denunciação caluniosa".
O panfleto, segundo a polícia, estaria relacionado à apreensão de um bilhete na cela do seqüestrador Paulo César Souza Nascimento Junior, o Paulinho Neblina, preso na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau.
No bilhete, Paulinho Neblina trata de um plano que seria maior do que o seqüestro de funcionários da TV Globo, no dia 12: "É mais um bonde para ser puxado, mas é maior do que o que foi feito na Globo." Condenado a 89 anos de prisão, o preso é um dos mais perigosos integrantes do PCC. O Departamento de Inteligência da secretaria tenta identificar o destinatário da carta, descrito no texto só como 'Negão'.
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