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Nacional
Terça - 29 de Agosto de 2006 às 05:12

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A Polícia Federal apontou, em relatório sobre a Operação Vampiro, que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares comandava parte do esquema de fraudes em licitações no Ministério da Saúde. Segundo o documento, que reproduz conversas telefônicas gravadas com autorização judicial, o grupo de Delúbio "efetivamente alcançou, aproximadamente, R$ 15 milhões com o esquema". Outro braço da fraude seria ligado ao ex-ministro Humberto Costa, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

O relatório foi encaminhado ao Ministério Público no dia 15 de agosto. Numa das gravações, afirma o relatório, aparecem os lobistas Eduardo Passos Pedrosa e Laerte de Arruda Correa. Ambos estão entre os 17 empresários e servidores que foram presos pela PF em maio de 2004, como resultado da Operação Vampiro. Segundo outro preso na operação, o lobista Francisco Danúbio Honorato, Laerte teria autorização de Delúbio para arrecadar recursos para os petistas na campanha presidencial de 2002.

A Operação Vampiro investigou denúncias de fraudes em licitação para compra de hemoderivados -medicamentos para hemofílicos- no Ministério da Saúde. Na época, a investigação foi feita a pedido do próprio ministério, depois de receber uma denúncia de uma empresa do setor.

O relatório registra que as fraudes já ocorriam durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Na lista de indiciados estão os empresários Platão Fischer Puhler e Edilamar Gonçalves, ex-funcionários do Ministério da Saúde durante o governo FHC.

Estranheza Delúbio Soares afirmou, em depoimento à Polícia Federal em junho, que "causa estranheza" o fato de analistas das conversas telefônicas usadas nas investigações terem chegado à conclusão de que termos como "Deo, Dê, Chefe e Delio" se referiam a ele. Delúbio negou que tivesse montado qualquer estratégia no ministério para arrecadar verbas para o partido.

Delúbio disse ainda à PF que foi apresentado ao lobista Laerte Correa Júnior por um representante do setor farmacêutico, mas que nunca autorizou-o a falar em seu nome.

O ex-ministro Humberto Costa negou que Delúbio tivesse poderes no ministério e disse desconhecer a atuação de Correa em arrecadação para o PT.





Fonte: Terra

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