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Internacional
Segunda - 28 de Agosto de 2006 às 11:58

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Duzentas famílias de várias nacionalidades começarão nesta semana uma batalha judicial contra a empresa estatal de ferrovias francesa SNCF, por esta ter levado parentes para campos de concentração de extermínio nazista durante a Segunda Guerra Mundial, informou hoje o advogado do grupo.

Esta ação foi ativada após a sentença de junho passado, na qual um tribunal francês condenava o Estado e a SNCF a uma multa de 62.000 euros por envolvimento em 1944 no transporte dos pais do eurodeputado Alain Lipietz, que tinha denunciado "cumplicidade em crimes contra a humanidade".

Essa foi a primeira vez na França que o Estado e uma empresa pública foram condenados por um caso como esse.

As famílias que agora tentam conseguir a mesma vitória que Lipietz são de nacionalidades francesa, israelense, belga, canadense e americana, e vão iniciar o processo legal "antes de 1 de setembro", disse o advogado Matthieu Delmas, confirmando assim uma informação publicada no jornal "Le Monde".

Todas as famílias querem "a reparação dos prejuízos sofridos pela deportação (de seus parentes) em vagões para animais em condições desumanas, sabendo que essas pessoas corriam o risco de serem mortas", disse Delmas.

O advogado afirmou que o primeiro passo das famílias será enviar uma carta à SNCF pedindo reparação, e darão à empresa um prazo de dois meses para responder.

Segundo o advogado, que não quis precisar o montante que as famílias vão pedir, mas que ronda - disse - vários milhões de euros, as famílias apresentarão um requerimento aos tribunais caso a SNCF rejeite a reivindicação.

A SNCF apelou da sentença que a condenou pelo caso dos pais de Lipietz.





Fonte: EFE

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