Chirac manifesta reservas sobre ampliações da UE e da Otan
Para Chirac, o processo de ampliação da UE "não deve ser conduzido como uma fatalidade, deve ser controlado, compreendido e aceito pelos povos", disse em seu discurso inaugural da Conferência de Embaixadores Franceses, onde a cada ano são definidas as prioridades diplomáticas da França.
Depois da entrada de dez novos membros que levou o número de países-membros da UE para 25, a França aumentou suas reservas em relação a futuras ampliações do bloco. O temor da entrada da Turquia na União Européia foi um dos fatores da rejeição francesa ao projeto da Constituição européia.
Chirac disse que a atual Presidência rotativa da UE, ocupada pela Finlândia, aceitou o pedido francês de que seja realizada uma conferência antes do final do ano, para examinar a capacidade da UE em absorver novos membros.
A Bulgária e a Romênia deveriam entrar no bloco em 1 de janeiro de 2008 e a Croácia, em 2009.
Chirac expressou reservas semelhantes quanto à ampliação da Otan e a uma adaptação de suas missões, que poderiam alterar "sua vocação" de organização militar que garante a segurança de europeus e americanos.
"Tentar comprometer a Aliança (Atlântica) em missões não militares, em associações, em aventuras tecnológicas e em uma ampliação pouco preparada poderia desnaturalizar sua vocação", disse.
A França é contra a mobilização de tropas da Otan no Iraque e no Líbano, como os Estados Unidos defendem, que também querem a entrada da Croácia, Macedônia e Albânia na organização militar.
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