Juventus espera voltar à Série A sem precisar de corte civil
O Tribunal Regional Administrativo de Lazio deve avaliar na sexta-feira um recurso da Juventus, que tenta reverter seu rebaixamento à segunda divisão por fraude esportiva após participação num esquema de manipulação de resultados.
O recurso diante do tribunal civil pode causar um novo atraso no início da temporada italiana, que já foi adiada em duas semana para 9 de setembro.
"Nossos advogados estão conversando com os advogados da Federação Italiana de Futebol (FIGC). Entre agora e sexta-feira tudo é possível", disse o presidente da Juventus, Giovanni Cobolli Gigli, ao jornal Gazzetta dello Sport desta segunda-feira.
A decisão da Juventus de recorrer à Justiça comum foi tomada após a tentativa frustrada de voltar à Série A através da corte de conciliação do Comitê Olímpico Italiano, que é a última instância na Justiça desportiva do país.
Porém a FIGC avisou que vai impor novas punições ao clube de Turim se eles levarem o caso para a corte civil.
Em julho, um tribunal desportivo cassou os dois últimos títulos italianos da Juventus e mandou o clube para a segunda divisão, onde começará com 17 pontos negativos.
A Juventus alega que sua punição é muito rígida. Os outros três clubes envolvidos no escândalo — Milan, Fiorentina e Lazio — se mantiveram na Série A, mas com redução de pontos.
"Sabemos que merecemos algum tipo de punição. O problema sempre foi a natureza desapropriada da nossa punição em relação com a dos outros clubes", disse Cobolli Gigli.
O dirigente também negou as reportagens da imprensa italiana segundo as quais a Juventus estaria planejando processar a FIGC em 130 milhões de euros se a equipe não for recolocada na Série A.
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