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Tecnologia
Segunda - 28 de Agosto de 2006 às 09:41

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Deu zebra na 2ª Conferência Internacional em Computação Sem Fio e Móvel, Redes e Comunicações (WiMob 2006), em Montreal, no Canadá. Um brasileiro levou o prêmio de melhor artigo científico apresentado no congresso, realizado em junho pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE - órgão responsável por estabelecer normas técnicas nos EUA).

O ganhador foi Julian Geraldes Monteiro, mestrando do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP). "Um trabalho brasileiro ter esse reconhecimento em um encontro como esses é incomum, ainda mais por ele ser aluno de mestrado", disse Alfredo Goldman, professor do Departamento de Ciência da Computação do IME e orientador do estudo.

O trabalho Performance evaluation of dynamic networks using an evolving graph combinatorial model apresenta resultados preliminares do projeto Mobidyn, desenvolvido com apoio da FAPESP e do Instituto Nacional de Pesquisa em Informática e Automação (Inria), da França.

O projeto analisa modelos combinatórios de grafos (conjunto algébricos formados por arcos e vértices) evolutivos aplicáveis em protocolos de roteamento para redes ad hoc, sistemas como os de sensores sem fio, em que todos os nós móveis podem se comunicar diretamente entre eles.

“O artigo sugere um uso prático desse modelo teórico e genérico de grafos evolutivos, que pode ser aplicado em qualquer área do conhecimento que envolva adjacência [proximidade dos vértices dos grafos] e tempo”, explica Goldman.

Os resultados iniciais obtidos pela equipe do projeto Mobidyn mostram que os grafos evolutivos são uma importante ferramenta na análise de algoritmos de redes de sensores sem fio.

“Normalmente, não se sabe a eficácia de um algoritmo. Mas, com o auxílio dos grafos evolutivos, que estão associados à previsibilidade no tempo, conseguimos identificar as chances de um algoritmo ser bom ou ruim”, disse Goldman.

“Essa teoria pode ser aplicada na prática em qualquer tipo de rede de sensores que tenha comportamento previsível, como as redes de satélites ou a de sensores de umidade da Amazônia.”





Fonte: Agência Fapesp

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