Parreira inicia seu desafio na seleção da África do Sul
O time sul-africano será comandado por Pitso Mosimane. Parreira só assume a seleção em janeiro do ano que vem. Ele quer os próximos meses para descansar e aproveitar para curtir o nascimento de mais dois netos. O contrato já foi acertado verbalmente com a Federação Sul-Africana, mas será assinado só na sexta-feira. Os dirigentes locais concordaram em ceder um tempo extra para Parreira descansar.
Trabalho pra valer, só em fevereiro, quando o técnico fará sua primeira convocação para alguns amistosos e o jogo contra o Chade, já pela terceira rodada do qualificatório da CAN.
Parreira já dirigiu seleções como Kuwait, Emirados Árabes e Arábia Saudita em Mundiais. Em todos esses casos, não ganhou um único jogo - mas nem tinha essa responsabilidade, já que se tratavam de seleções com nenhuma aspiração.
Com a África do Sul, o desafio e a responsabilidade serão bem maiores. O técnico que falhou com a seleção brasileira no último Mundial, na Alemanha, estará à frente da seleção anfitriã da próxima Copa. Ser eliminado na primeira fase, como ocorreu com as seleções árabes que comandou, seria um vexame gigantesco para Parreira, já que nunca um país anfitrião ficou fora das finais de um Mundial.
Não será fácil. Parreira tentará reerguer um time desmoralizado por desastres seguidos. E não terá as estrelas que teve à disposição no último Mundial, como os Ronaldos e Kaká. A matéria-prima para Parreira será bem mais modesta.
Só nos últimos quatro anos, a África do Sul caiu 44 posições no ranking da Fifa. Ocupa hoje a 76ª posição, atrás de outras 16 seleções africanas, incluindo algumas sem a menor expressão no cenário mundial, como Burkina Faso, Zimbabwe, Máli e Guinea.
Depois de disputar as Copas de 98 e 2002, a África do Sul perdeu a vaga no último Mundial de forma vexatória - mesmo como cabeça-de-chave, ficou em terceiro no Grupo 2, atrás de Gana e da República Democrática do Congo.
Na CAN disputada em janeiro, no Egito, o vexame foi ainda maior: a África do Sul perdeu seus três jogos - para Guiné, Tunísia e Zâmbia. Detalhe: sem marcar um único gol. “Gosto de desafios e é uma honra poder comandar a seleção que vai ser a anfitriã da próxima Copa do Mundo”, diz Parreira.
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