Repórter News - reporternews.com.br
Índice de Aids crescerá em 2 anos no MT
O índice de pessoas infectadas com o vírus da Aids vai aumentar nos próximos dois anos em Mato Grosso, conforme estimativa da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Esse é o período necessário para que os Centros de Testagem e Acompanhamento (CTAs), já implantados nos municípios de Alta Floresta, Juara, Juína, Confresa, Diamantino e Barra do Garças, funcionem com qualidade, como prevê a gerente de Planejamento e Monitoramento das Áreas Programáticas do Programa Estadual de DST e Aids de Mato Grosso, Maria Helena Lopes.
Conforme Maria Helena, o Estado tem registrados 3.659 casos de pessoas com a doença, sendo que 51 descobriram a contaminação este ano.
Mas como a estimativa da saúde é de que existam três portadores que não sabem que têm o vírus para cada caso diagnosticado, a estimativa é de que 11 mil pessoas devem ser portadoras do vírus HIV e não sabem.
"Os municípios que oferecem os serviços de testagem há mais tempo apresentam os maiores índices de doentes", explica Maria Helena, a exemplo de Tangará da Serra, Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop.
Conforme a gerente, a implantação dos serviços em vários municípios do Estado facilitará o acesso aos exames e, consequentemente, a descoberta da doença. "Os serviços ainda estão na fase inicial. Só vamos poder saber o tamanho do problema quando funcionarem como queremos".
Das 2.419 pessoas que vivem com Aids no Estado, mais de 70% estão na Grande Cuiabá. O quadro reflete a realidade das capitais de todo o país. "Isso ocorre no Brasil inteiro porque as capitais oferecem o serviço de testagem há mais tempo que o interior".
Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) dão conta ainda que, dos 141 municípios de Mato Grosso, 101 registram pelo menos um caso de pessoa contaminada.
Para a gerente, os números apresentam falhas porque o acesso a testagem ainda não ocorre em todo o Estado.
"Se poucas pessoas tiveram acesso ao diagnóstico da doença, teremos um número baixo. Por isso trabalhamos para a criação dos serviços regionais de testagem".
A preocupação em detectar a doença rapidamente é evitar a contaminação de outros, além de iniciar o tratamento logo após a descoberta. Maria Helena destaca que quanto mais cedo a pessoa descobre tem o vírus e inicia o tratamento, melhores são os resultados.
"O ideal seria que todos fizessem o teste uma vez por ano" avalia.
O braçal Antônio de Jesus Barcelos, 49, descobriu que estava com Aids em 2002. Ele acredita que contraiu o vírus há 12 anos. "Acho que contaminei muitas pessoas sem saber".
Morador de Guarantã do Norte (633 km de Cuiabá), Barcelos conta que o diagnóstico da doença veio quando apareceram os primeiros sintomas da doença, que o acompanham até hoje. "Fiquei muito doente e passei 32 dias internado. Depois que descobriram me mandaram para Cuiabá. Fiquei mais de 30 dias no Pronto-Socorro daqui". Desde então, ele vive na Casa da Solidariedade. "Assim que recuperar minha saúde quero voltar a trabalhar".
Esse é o período necessário para que os Centros de Testagem e Acompanhamento (CTAs), já implantados nos municípios de Alta Floresta, Juara, Juína, Confresa, Diamantino e Barra do Garças, funcionem com qualidade, como prevê a gerente de Planejamento e Monitoramento das Áreas Programáticas do Programa Estadual de DST e Aids de Mato Grosso, Maria Helena Lopes.
Conforme Maria Helena, o Estado tem registrados 3.659 casos de pessoas com a doença, sendo que 51 descobriram a contaminação este ano.
Mas como a estimativa da saúde é de que existam três portadores que não sabem que têm o vírus para cada caso diagnosticado, a estimativa é de que 11 mil pessoas devem ser portadoras do vírus HIV e não sabem.
"Os municípios que oferecem os serviços de testagem há mais tempo apresentam os maiores índices de doentes", explica Maria Helena, a exemplo de Tangará da Serra, Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop.
Conforme a gerente, a implantação dos serviços em vários municípios do Estado facilitará o acesso aos exames e, consequentemente, a descoberta da doença. "Os serviços ainda estão na fase inicial. Só vamos poder saber o tamanho do problema quando funcionarem como queremos".
Das 2.419 pessoas que vivem com Aids no Estado, mais de 70% estão na Grande Cuiabá. O quadro reflete a realidade das capitais de todo o país. "Isso ocorre no Brasil inteiro porque as capitais oferecem o serviço de testagem há mais tempo que o interior".
Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) dão conta ainda que, dos 141 municípios de Mato Grosso, 101 registram pelo menos um caso de pessoa contaminada.
Para a gerente, os números apresentam falhas porque o acesso a testagem ainda não ocorre em todo o Estado.
"Se poucas pessoas tiveram acesso ao diagnóstico da doença, teremos um número baixo. Por isso trabalhamos para a criação dos serviços regionais de testagem".
A preocupação em detectar a doença rapidamente é evitar a contaminação de outros, além de iniciar o tratamento logo após a descoberta. Maria Helena destaca que quanto mais cedo a pessoa descobre tem o vírus e inicia o tratamento, melhores são os resultados.
"O ideal seria que todos fizessem o teste uma vez por ano" avalia.
O braçal Antônio de Jesus Barcelos, 49, descobriu que estava com Aids em 2002. Ele acredita que contraiu o vírus há 12 anos. "Acho que contaminei muitas pessoas sem saber".
Morador de Guarantã do Norte (633 km de Cuiabá), Barcelos conta que o diagnóstico da doença veio quando apareceram os primeiros sintomas da doença, que o acompanham até hoje. "Fiquei muito doente e passei 32 dias internado. Depois que descobriram me mandaram para Cuiabá. Fiquei mais de 30 dias no Pronto-Socorro daqui". Desde então, ele vive na Casa da Solidariedade. "Assim que recuperar minha saúde quero voltar a trabalhar".
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/279778/visualizar/
Comentários