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Segunda - 28 de Agosto de 2006 às 07:12

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Para muitos, Marta (Lília Cabral), de Páginas da Vida, é a maior vilã da TV dos últimos tempos. Ela bateu na filha grávida, trata o marido como se fosse nada, rejeitou a neta com síndrome de down, é preconceituosa e por aí vai. Mesmo com tudo isso, Marta tem uma legião de defensores. Na Central Globo de Comunicação, cresce o número de telefonemas e e-mails do público que sente pena - isso mesmo! - da personagem.

"As mensagens são de solidariedade a Marta. As pessoas me pedem que não a castigue, mas que a recupere. Não admitem que ela seja chamada de vilã, acham que é uma qualificação pobre e pequena para a grandeza de Marta. Consideram que ela é franca e honesta", conta o autor Manoel Carlos.

Má não, só frustrada Para todas as maldades, os defensores têm suas justificativas. "Marta errou no passado e não quer que ninguém erre. Ela não é vilã, é frustrada", diz a dona de casa Mônica Barreto.

Maneco concorda com a telespectadora: "Marta é de carne e osso. É amarga porque amargos foram muitos dos seus dias."

Quando o assunto é a rejeição à neta Clara (Joana Morcazel), que tem Down, as defensoras de Marta se sensibilizam, mas logo dão uma colher-de-chá a ela. "Marta sempre carregou a família nas costas e os filhos nunca lhe deram orgulho. São muitas coisas ruins que a fizeram ser fria", justifica a doméstica Rosane dos Santos.

Lília Cabral é a defensora número 1 de sua personagem. "Nem vilã, nem mau-caráter. Marta é sofrida, poluída por sentimentos desagradáveis. A amargura é ruim. Por isso, ela se torna indesejável, ou 'detestável', como Alex (Marcos Caruso) diz", avalia Lilia.

Vem coisa pior por aí No capítulo de terça-feira, 29 de agosto, Marta mostrará ainda mais seu preconceito. Ao flagrar o filho, Sérgio (Max Fercondini), na cama com a filha do porteiro, Lili (Luana Carvalho), ela tentará proibir o romance. "Com a filha do porteiro você não vai a lugar algum", gritará Marta, humilhando a menina.

Mas o veneno não pára por aí. Ela ainda terá uma discussão feia com o marido, Alex (Marcos Caruso), que a acusará de não dar amor ao neto, Francisco (Gabriel Kaufmann). "Sou eu quem dá comida e educação a ele. Se dependesse só do seu amor, Francisco já tinha morrido de fome. Essa é a forma que encontrei de mostrar meu interesse por ele", rebate a avó que mais parece uma madrasta.

Nas ruas, Lilia Cabral ouve conselhos e broncas do público: "Desde o começo procurei fazer a personagem bem real. Maneco me disse: 'vai ter gente do lado da Marta'. Ouço de tudo. Desde pessoas que entendem a Marta até outras que perguntam como me sujeitei a fazer esse papel."





Fonte: Terra

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