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Internacional
Segunda - 28 de Agosto de 2006 às 04:07

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O mufti xiita de Tiro, Ali Amin, acusou a direção do Hisbolá de ter interpretado mal o panorama internacional antes de seqüestrar os dois soldados israelenses e disse que os libaneses resistiram, mas não venceram Israel.

"Não é concebível ocultar o debate sobre as causas (da ofensiva israelense) e sobre a responsabilidade nesta guerra", afirmou o religioso em entrevista à emissora de TV "LBC".

O ulemá xiita rejeitou a tese de "vitória" sustentada pelo Hisbolá.

"Nos mantivemos, fizemos frente à agressão e os combatentes resistiram com coragem, mas não se pode falar em vitória, seria vergonhoso. As perdas sofridas são, de longe, superiores às do inimigo", relatou.

Israel bombardeou o Líbano durante 34 dias por terra, mar e ar. O conflito começou após o seqüestro, em 12 de julho, de dois seus soldados israelenses por milicianos do Hisbolá, e matou mais de mil pessoas, além de ferir a cerca de outros quatro mil.

"A população reivindicará, cada vez mais, as contas, e se perguntará em que se transformou a causa (de continuar a resistência)", disse Amin.

O clérigo acusou o Hisbolá de ter lançado o país árabe em um conflito para a qual não estava preparado e afirmou que "os israelenses possuem refúgios luxuosos", enquanto os libaneses estavam "ao ar livre".





Fonte: EFE

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