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Internacional
Domingo - 27 de Agosto de 2006 às 16:11

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A polícia paquistanesa prendeu pelo menos 450 pessoas na cidade de Quetta, no segundo dia de protestos de rua pela morte do líder tribal Nawab Akbar Bugti.

Os protestos em Quetta, capital da província do Baluqistão, foram acompanhados por atos de vandalismo; os manifestantes atearam fogo em agências bancárias, ônibus, lojas e veículos da polícia. Também houve protestos em Karachi, na província vizinha de Sindh.

Em entrevista à televisão paquistanesa, o ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif disse que o ataque de tropas paquistanesas no qual Bugti foi morto, no sábado, foi "o capítulo mais negro da história do Paquistão". O ex-general do Exército e analista político Talaat Masood descreveu a morte de Bugti como "uma grande tragédia", que causará mais divisões na sociedade paquistanesa, especialmente entre os civis e o regime militar do general-presidente Pervez Musharraf.

Bugti, de 79 anos, era um popular defensor dos direitos da minoria Baluque no Paquistão. "É muito perigoso, quando já estamos combatendo os terroristas da Al-Qaeda no Paquistão, criar mais uma razão para a radicalização dos jovens", disse Masood.

O chefe da polícia de Quetta, Suleman Saed, declarou toque de recolher na cidade, mas essa informação foi negada pelo prefeito, Mir Maqbool. Em Kalat, 250 km ao sul, uma bomba danificou um prédio do governo e manifestantes atearam fogo a uma central telefônica.

O senador Shahid Bugti, sobrinho do líder tribal morto, denunciou o ataque no qual seu tio e outras 24 pessoas foram mortas e exigiu que as autoridades entreguem o corpo de Nawar Akbar Bugti. "Este é um acontecimento trágico para a família, a tribo e toda a região. Nós o consideramos um mártir", disse o senador.





Fonte: AE/AP

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