Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Domingo - 27 de Agosto de 2006 às 15:02

    Imprimir


O candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, culpou neste domingo a política fiscal do governo federal pela crise que a Volkswagen do Brasil diz atravessar, ameaçando fechar sua fábrica em São Bernardo do Campo. "Quando a gente vê a ameaça de fechar uma fábrica na capital do automóvel, uma fábrica que foi o símbolo desse grande passo para a agregação de valor, para ter salários melhores, para melhor emprego, a sociedade precisa refletir, alguma coisa está errada", afirmou o candidato, em comício na cidade onde Luiz Inácio Lula da Silva começou sua vida sindical como metalúrgico.

Alckmin criticou a política fiscal de aumento de impostos, aumento de gastos do governo e o câmbio, que disse estar artificialmente valorizado em 30 por cento.

"Ela (a fábrica) montou uma base tecnológica para exportação e foi inviabilizada pelo câmbio, como está sendo a indústria de roupa, sapato, brinquedo, móveis e agricultura", disse Alckmin.

A Volkswagen anunciou em maio que iniciaria um plano de recuperação que previa cortes no custo com mão-de-obra devido à queda prevista para as exportações, causada pelo câmbio valorizado. Na semana passada, a montadora disse que, caso não chegue a um acordo com funcionários para a redução de 3.600 postos, além de benefícios, terá de fechar a unidade de São Bernardo, onde trabalham 12 mil funcionários, aproximadamente.

Alckmin também atacou o governo pela falta de ética, numa referência ao indiciamento pela Polícia Federal, na sexta-feira, do ex-ministro da Saúde e candidato ao governo de Pernambuco pelo PT, Humberto Costa.

"Um dia ouvi de um amigo: ''você sabe o que quer dizer PT? É o partido triste''. Essa é a expressão melhor, o povo está triste pelos escândalos", disse Alckmin a cerca de 1.500 pessoas, segundo a organização, na periferia de São Bernardo do Campo.

LULA SOBE EM PESQUISA

Pesquisa do Ibope, encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo e divulgada neste domingo, mostrou crescimento da candidatura de Lula, que ampliou sua vantagem sobre Alckmin. Lula tem 49 por cento dos votos, dois pontos acima dos 47 por cento de nove dias atrás, enquanto Alckmin passou de 21 por cento para 22 por cento das intenções de voto.

Segundo a diretora do Ibope, Marcia Cavallari, Lula ganhou mais apoio da classe média, após os ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) a São Paulo.

Heloísa Helena caiu de 12 por cento para 9 por cento das intenções de voto de acordo com a última pesquisa Ibope, que ouviu 2002 pessoas entre a última quarta-feira e sexta-feira. A margem de erro era de dois pontos percentuais.

Pesquisa do Datafolha divulgada na última quinta-feira já mostrava Lula com 49 por cento das intenções de voto, contra 25 por cento de Alckmin.





Fonte: Reuters

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/279901/visualizar/