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Domingo - 27 de Agosto de 2006 às 14:50

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Fernanda Paes Leme jura que não se incomodou quando "desapareceu" de América. Na trama de Glória Perez, a atriz vivia a sofrida Rosário, que por meses tentou a travessia ilegal para os Estados Unidos.

Prova disso é a atriz se mostra bem empolgada para voltar a trabalhar com a autora. E Glória até promete ser mais generosa com a atriz durante minissérie Amazônia - De Galvez a Chico Mendes, que estréia em janeiro. Na trama, Fernanda faz parte do núcleo dos seringueiros como a rústica Adenoura, uma mulher simples, que vive com a família na Floresta Amazônica na segunda fase da história. "O que mais tem me animado é contar uma parte da História do país que o Brasil conhece muito pouco", entusiasma-se a atriz.

Para se preparar para a trama, que será divida em três fases, Fernanda está se aprofundando mais na parte "teórica" da personagem ao ler livros sobre o assunto, como Seringal, de Miguel Jerônymo Ferrante. Como sua personagem vive na floresta, a graça brejeira da atriz de 23 anos vai ser explorada pela primeira vez na telinha, já que Fernanda sempre fez personagens mais urbanas.

"Essa é uma realidade que eu realmente desconheço. Nunca experimentei viver uma mulher selvagem. Vou esperar chegar mais perto para descobrir quem ela é de verdade", explica.

A voz acelerada e o constante bom humor de Fernanda são embalados pela natural sensualidade da atriz, exibida na capa da revista Playboy, em dezembro de 2005. Segundo ela, após o convite da revista, suas personagens deixaram de ser tão menininhas e viraram mulherões. "Mas esse trabalho influenciou mesmo a minha conta bancária", assume a atriz, que também já percebeu que deve explorar um pouco seu "sex appeal" com a personagem de época.

Afinal, numa trama que vai ao ar às 23h e com uma personagem que vive na mata, é mais do que natural que o figurino revele um pouco da exuberância natural das brejeiras personagens da trama ao se banharem nos rios da região. "Não tenho pudores. Se tiver cenas mais ousadas, faço numa boa", garante a atriz, que na trama vai se envolver num triângulo amoroso com um coronel, ainda sem ator definido, e Amália, personagem de Letícia Spiller.

Em seu sexto trabalho na Globo - estreou na telinha como a Paty do seriado Sandy & Júnior -, Fernanda até hoje não assinou um contrato longo com a emissora. A atriz acredita que nenhuma de suas personagens chamou suficientemente a atenção da emissora para promover um vínculo mais longo. "Se me procurarem, vou ficar muito feliz. Mas sempre emendei um trabalho no outro. O contrato longo deve acontecer na hora certa, naturalmente", torce a atriz.

Enquanto a oferta da emissora não vem, Fernanda aproveita para se dedicar a sua estréia no cinema. A atriz acabou de fazer seu primeiro trabalho na telona, o longa Pode Crer, de Arthur Fontes, no papel de uma atirada "hiponga". E enquanto não começam as gravações da segunda fase da minissérie, que estão previstas para janeiro, Fernanda já se dedica a um segundo projeto no cinema.

Em outubro, a atriz começa a rodar um longa de Moacyr Góes, ainda sem nome definido, onde vai viver Jennifer, uma "quenga" nordestina que se envolve com o personagem de Marcos Palmeira. "É bom filmar no Nordeste porque vou ficar mais pertinho da Amazônia. Saio de lá já num clima mais próximo da minissérie", empolga-se, ainda com seu típico sotaque paulistano.





Fonte: Terra

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