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Irã diz que vai ignorar prazo da ONU sobre programa nuclear
O Irã declarou neste domingo que não pretende suspender nunca suas atividades de enriquecimento de urânio, no momento em que se aproxima o prazo determinado pela ONU para que o país interrompa o processamento do material nuclear.
"O Irã continuará o enriquecimento de urânio. Queremos produzir nosso próprio combustível nuclear", disse o chefe das negociações sobre o programa nuclear iraniano, Ali Larijani, segundo a agência de notícias estudantil ISNA. "Nós não vamos parar nunca."
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) disse ao Irã que suspenda suas atividades nucleares até 31 de agosto, sob a ameaça de sanções internacionais. O Ocidente suspeita que o Irã tenha um programa secreto de produção de armas nucleares, enquanto Teerã se defende afirmando buscar apenas a produção de energia nuclear para fins civis.
"Qualquer medida para privar o Irã de seu direito não vai mudar nossa opinião sobre nosso objetivo", disse Larijani.
A República Islâmica se nega a interromper o enriquecimento de urânio e afirma que, caso seja alvo de sanções, o preço do petróleo dispararia e as economias dos países industrializados seriam duramente afetadas.
"Aqueles que nos ameaçam com sanções sabem perfeitamente que obtivemos um programa atômico doméstico sob sanções internacionais", disse Larijani. "E ele é irreversível."
No domingo, o país realizou testes com um míssil de longo alcance. Analistas consideraram ações desse tipo, realizadas no passado, como um sinal de que o Irã pode interromper rotas de transporte marítimo de petróleo se a disputa atômica se agravar.
Os EUA ameaçam pressionar por sanções após 31 de agosto. Mas analistas argumentam que divisões na ONU podem dificultar o processo de adoção de medidas punitivas contra Teerã.
Reino Unido, Alemanha e França adotam tom mais cauteloso que os EUA sobre a possibilidade de sanções. Rússia e China, ambos com direito a veto no Conselho de Segurança e parceiros comerciais do Irã, se declaram contra sanções. ITÁLIA QUER INTEGRAR NEGOCIAÇÃO O chanceler italiano, Massimo D''Alema, disse que seu país quer participar das negociações nucleares realizadas até agora entre o Irã e essas seis potências mundiais. Os italianos possuem fortes ligações comerciais com o Irã. "Também temos o direito de sermos incluídos, para lidar com a questão iraniana", disse D''Alema ao diário La Repubblica.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, fará uma visita de dois dias ao Irã a partir de 2 de setembro, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Hamid Reza Asefi.
Na terça-feira, o Irã respondeu a uma proposta de incentivos apresentada pelas seis potências para que o país abandonasse seu programa nuclear. Teerã disse que o conteúdo da resposta abre caminho para sérias negociações. Ainda não está claro se a iniciativa iraniana bastaria para evitar a discussão de sanções na ONU.
"Já está na hora dos europeus voltarem às negociações sem prejulgamentos... Negociações sérias podem nos levar a um entendimento", disse Asefi.
As seis potências dizem que não tomarão nenhuma iniciativa até depois da publicação, em 31 de agosto, de um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre as atividades nucleares iranianas.
Diplomatas na AIEA afirmam, porém, que o veredicto da AIEA já é conhecido, pois o Irã manteve suas atividades de enriquecimento de urânio normalmente.
"O Irã continuará o enriquecimento de urânio. Queremos produzir nosso próprio combustível nuclear", disse o chefe das negociações sobre o programa nuclear iraniano, Ali Larijani, segundo a agência de notícias estudantil ISNA. "Nós não vamos parar nunca."
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) disse ao Irã que suspenda suas atividades nucleares até 31 de agosto, sob a ameaça de sanções internacionais. O Ocidente suspeita que o Irã tenha um programa secreto de produção de armas nucleares, enquanto Teerã se defende afirmando buscar apenas a produção de energia nuclear para fins civis.
"Qualquer medida para privar o Irã de seu direito não vai mudar nossa opinião sobre nosso objetivo", disse Larijani.
A República Islâmica se nega a interromper o enriquecimento de urânio e afirma que, caso seja alvo de sanções, o preço do petróleo dispararia e as economias dos países industrializados seriam duramente afetadas.
"Aqueles que nos ameaçam com sanções sabem perfeitamente que obtivemos um programa atômico doméstico sob sanções internacionais", disse Larijani. "E ele é irreversível."
No domingo, o país realizou testes com um míssil de longo alcance. Analistas consideraram ações desse tipo, realizadas no passado, como um sinal de que o Irã pode interromper rotas de transporte marítimo de petróleo se a disputa atômica se agravar.
Os EUA ameaçam pressionar por sanções após 31 de agosto. Mas analistas argumentam que divisões na ONU podem dificultar o processo de adoção de medidas punitivas contra Teerã.
Reino Unido, Alemanha e França adotam tom mais cauteloso que os EUA sobre a possibilidade de sanções. Rússia e China, ambos com direito a veto no Conselho de Segurança e parceiros comerciais do Irã, se declaram contra sanções. ITÁLIA QUER INTEGRAR NEGOCIAÇÃO O chanceler italiano, Massimo D''Alema, disse que seu país quer participar das negociações nucleares realizadas até agora entre o Irã e essas seis potências mundiais. Os italianos possuem fortes ligações comerciais com o Irã. "Também temos o direito de sermos incluídos, para lidar com a questão iraniana", disse D''Alema ao diário La Repubblica.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, fará uma visita de dois dias ao Irã a partir de 2 de setembro, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Hamid Reza Asefi.
Na terça-feira, o Irã respondeu a uma proposta de incentivos apresentada pelas seis potências para que o país abandonasse seu programa nuclear. Teerã disse que o conteúdo da resposta abre caminho para sérias negociações. Ainda não está claro se a iniciativa iraniana bastaria para evitar a discussão de sanções na ONU.
"Já está na hora dos europeus voltarem às negociações sem prejulgamentos... Negociações sérias podem nos levar a um entendimento", disse Asefi.
As seis potências dizem que não tomarão nenhuma iniciativa até depois da publicação, em 31 de agosto, de um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre as atividades nucleares iranianas.
Diplomatas na AIEA afirmam, porém, que o veredicto da AIEA já é conhecido, pois o Irã manteve suas atividades de enriquecimento de urânio normalmente.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/279934/visualizar/
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