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Agronegócios
Sábado - 26 de Agosto de 2006 às 10:37

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A produção brasileira de café está estimada em 41,6 milhões de sacas de 60 quilos, conforme o 3º levantamento da cultura para a safra 2006/07, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número representa um crescimento de 26,2%, ou 8,6 milhões de sacas a mais em relação à safra passada, de 32,94 milhões de sacas. Os dados foram divulgados hoje (25/08) pelo diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Vilmondes Olegário.

Comparando-se à pesquisa de abril, o aumento é de 955 mil sacas a mais (2,4%). De acordo com o estudo, o incremento na produção se deve, principalmente, à bianualidade alta no calendário do produto, à melhoria dos tratos culturais (podas, desbrotas, adubação, controle fitossanitário), impulsionados pela melhoria dos preços de mercado a partir do segundo semestre de 2005.

A pesquisa de campo foi realizada por 197 técnicos da Conab e de órgãos conveniados no período de 1º a 11 de agosto, nos principais estados produtores, como Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia. Foram aplicados 2.776 questionários junto a produtores, cooperativas, órgãos públicos e privados.

Segundo Vilmondes Olegário, o país deve exportar até o final do ano cerca de 26 milhões de sacas e o consumo interno dever ser de aproximadamente 16,5 milhões de sacas. Com isso, a demanda por café seria de 42,5 milhões de sacas, ou seja, um pouco acima da previsão de produção do país. “O mercado vai estar abastecido pelos estoques dos anos anteriores”, explicou.

Para Olegário, os preços da commoditie devem ficar mais “firmes” devido ao equilíbrio de oferta (117 milhões de sacas) e demanda (120 milhões de sacas) mundial. A perspectiva de uma safra brasileira menor em 2007, devido a bianualidade e à estiagem prevista para os estados de São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Sul de Minas Gerais e Rondônia, também deve contribuir para a manutenção do equilíbrio dos preços do café.

Segundo o diretor, com a expectativa da redução da próxima safra, o governo está implementado uma política anticíclica com o objetivo de deslocar uma parcela da produção desta safra para o ano que vem. “Com esse mecanismo anticíclico esperamos equilibrar as distorções ocasionadas pela bianualidade”, afirmou.

Na semana passada, o governo anunciou a liberação de 1.5 bilhão para financiamento da colheita, estocagem e aquisição. Segundo Olegário, desse total, R$ 900 milhões já foram disponibilizados para os bancos.





Fonte: Olhar Direto

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