Varig pode encarar grandes, diz executiva
Considerada um trunfo da nova administração da Varig, Maria Silvia foi descrita pelo presidente do conselho de administração da VarigLog, Marco Antonio Audi, como uma executiva de perfil agressivo, capaz de "pegar boi no pasto".
"Aceitei o convite para trabalhar como consultora da nova Varig porque acho extremamente interessante participar do processo de estruturação da nova empresa, que já nasce como um 'case' no Brasil. É a primeira experiência da nova lei de recuperação judicial em uma empresa concessionária, com todos os desafios e restrições que essa situação traz."
A atuação da executiva já teve impacto nos negócios da empresa. Maria Silvia atuou na negociação com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para formatar o pedido de financiamento para a compra de 50 aeronaves. A empresa entregou no começo desta semana a carta-consulta, a primeira etapa formal no trâmite de análise de pedidos no banco. Ela vai atuar também nas áreas contábil e administrativa. Presidência Maria Silvia foi sondada inicialmente para assumir o cargo de presidente da empresa. Ela afirmou não pensar nisso no momento, mas há quem afirme na empresa que, tão logo a nova Varig obtenha a documentação necessária para se tornar uma concessionária de transporte aéreo, ela assuma o cargo. A executiva assinou contrato de consultoria por três meses, mas não comenta a hipótese de troca de cargo.
Apesar das dificuldades da nova empresa para recompor a frota, Maria Silvia aposta na disputa com TAM e Gol.
"A nova companhia poderá disputar espaço com as já existentes, não somente porque existe mercado mas também por causa da marca Varig e dos funcionários, que já demonstraram competência técnica e amor pela companhia", disse.
Afastada desde 2002 da gestão direta de grandes empresas, quando saiu da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), a executiva foi secretária de Fazenda do prefeito do Rio, Cesar Maia, em seu primeiro mandato (1992-1996).
Na CSN, atuou primeiro como diretora do Centro Corporativo. Assumiu a presidência da siderúrgica em 1999 e conduziu a aquisição de uma usina nos EUA, ampliou a fábrica de Volta Redonda (RJ) e participou do processo de descruzamento das participações da Vale do Rio Doce e CSN.
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