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Economia
Sábado - 26 de Agosto de 2006 às 09:01

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A agência Economist Intelligence Unit (EIU) afirmou que o Brasil deverá crescer cerca de 4% nos próximos cinco anos. O número, superior a média recente de 2,5%, no entanto, é "apenas moderado" na comparação com outros mercados emergentes, especialmente da Ásia, afirma a consultoria.

Segundo a EIU, o crescimento do PIB brasileiro será alavancado pela demanda doméstica, que se fortalecerá em 2006 e 2007. Isso acontecerá, diz a agência, pelo aumento dos gastos domiciliares -impulsionado pelo aumento do salário mínimo-, pela expansão do crédito e pelo crescimento da renda disponível. Para ela, esses três fatores deverão compensar facilmente a queda das exportações que prevê para o próximo ano.

A consultoria prevê que a taxa Selic deverá ficar em 14% até o final de 2006 --atualmente está em 14,75%. De acordo com ela, esses cortes deverão provocar um aumento nos empréstimos domésticos e estimular uma recuperação nos investimentos. A taxa de juros reais, na opinião da agência, continuará em torno de 10% até dezembro, "permanecendo alta para os padrões internacionais".

Ela diz ainda que a Selic deverá ficar em 13% até o fim ano que vem. Mas "qualquer queda forte no crescimento do comércio ou retração na liquidez global seria rapidamente sentida no Brasil, com uma pressão sobre o câmbio provocando uma nova onda de aperto monetário".

A EIU disse acreditar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá ser reeleito, mas que, caso outro candidato vença, o impacto na política econômica será pequeno.





Fonte: Folha de S. Paulo

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