Kofi Annan vai ao Líbano discutir envio de tropas da Unifil
Annan, que passará a noite em Beirute antes de prosseguir viagem, deverá se reunir com o premiê Fuad Siniora, o presidente xiita do Parlamento, Nabih Berri, o ministro da Defesa, Elias Murr, e o comandante das Forças Armadas, Michel Sleiman.
As conversas se centrarão na definição do posicionamento de uma força multinacional no sul do país. Ontem, após reunião ministerial em Bruxelas, a União Européia ofereceu entre 5.600 e 6.900 novos soldados para a ampliação da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil).
A necessidade de forças de paz no sul do Líbano torna-se cada vez mais urgente 12 dias após o cessar-fogo entre o grupo terrorista libanês Hizbollah e Israel.
O posicionamento das tropas internacionais na fronteira entre o Líbano e a Síria, além da definição das funções a serem exercidas na região, são os principais problemas enfrentados pela versão ampliada da Unifil.
Israel e o Hizbollah travaram uma batalha que durou 34 dias e deixou 1.183 mortos no Líbano e cerca de 160 em Israel, segundo relatório da ONU.
O estopim do conflito --que começou no dia 12 de julho e durou até o cessar-fogo iniciado no último dia 14-- foi o seqüestro de dois soldados israelenses pelo Hizbollah, em ação que deixou oito soldados israelenses e dois membros do Hizbollah mortos.
Ataques aéreos israelenses deixaram cidades inteiras no Líbano sob escombros e forçaram quase um milhão a pessoas sair de suas casas. O Hizbollah, em ação sem precedente, também lançou cerca de 4.000 foguetes contra a região norte de Israel, fazendo com que aproximadamente 300 mil pessoas se deslocassem para abrigos antiaéreos ou outras cidades.
Viagem
Depois de passar pelo Líbano, Annan deve ir também a Israel, Qatar, Turquia, Arábia Saudita, Egito, Jordânia e, provavelmente, Síria e Irã.
O secretário-geral viaja acompanhado do chefe das operações de paz da ONU, Jean-Marie Guéhenno, e do representante especial para o Oriente Médio, Terje Roed-Larsen.
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