Empresários irão à Casa Civil apoiar MP dos portos
Entidades empresariais vão se reunir amanhã com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para manifestar apoio à medida provisória dos portos.
Presidentes da Abdib (da infraestrutura e das indústrias de base), da CNI (da indústria) e da CNA (da agricultura e pecuária) dizem que o objetivo é defender a estrutura básica da MP, que está no Congresso e cria um marco regulatório para o setor.
Sugestões de ajustes ficarão para depois.
"A Força Sindical, de forma desinformada e tentando criar certa confusão, afirma que a medida criará desemprego", diz Robson Andrade, presidente da CNI.
A entidade sindical já se reuniu com Gleisi na semana passada e se declarou contrária à iniciativa. "Na realidade, a MP procurará diminuir a burocracia, aumentar a autonomia dos portos, criar competição e reduzir custos", defende Andrade. Ele não poderá estar presente à audiência e afirma que telefonará amanhã para a ministra.
A Abdib também pretende endossar sua posição favorável, já comunicada à presidente Dilma, segundo Paulo Godoy. "É preciso estabelecer um sistema que atraia novos investimentos", afirma.
"Estou morrendo de medo de recuo", diz a senadora Kátia Abreu, presidente da CNA. "Mas a presidente e a Gleisi estão firmes", frisa. "Quem paga a conta [da ineficiência] é o produtor no campo. Não é hora de discutir ajustes para não enfraquecer a MP."
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Construtoras de hidrelétricas reivindicam mais segurança
Preocupado com a violência em canteiros de obras de hidrelétricas e com a proximidade de dissídios coletivos, Paulo Godoy, presidente da Abdib, vai aproveitar a reunião de amanhã na Casa Civil para pedir reforço policial.
A Abdib defenderá a necessidade de um plano de ação do governo federal ante repetidos casos de violência e incêndio em canteiros de obras de hidrelétricas.
Os casos mais recentes de vandalismo ocorreram nas obras de Ferreira Gomes (Amapá) e Colíder (Mato Grosso). Jirau, Santo Antônio e Belo Monte também tiveram instalações destruídas.
"É difícil afirmar que sejam coordenados, mas é estranho que os eventos se sucedam, às vezes, gerados por boatos, como na Colíder", diz.
"Precisamos também de um trabalho de inteligência para saber se há um comando ou se são esporádicos e regionais", afirma.
"Pediremos que o governo federal avalie se os Estados têm condição de proteger os trabalhadores e as obras, que são bens públicos."
Para ele, alguns casos demandam um força nacional, ao menos temporária.
"Vêm agora os dissídios coletivos. Observamos que se espalham boatos de que pagamentos não serão feitos, de condição desumana em canteiros. São os mais avançados do país, diferentemente de outros pequenos, que podem ter uma condição precária."
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Nova marca do Boticário vai realocar parte de suas lojas
A Eudora, marca de cosméticos do Grupo Boticário que alia lojas físicas à venda direta, começa 2013 com planos de novos pontos e realocação de unidades já existentes.
Quando foi fundada, há cerca de dois anos, especialistas do setor se questionavam se a concorrência das lojas com as vendas porta a porta da própria marca prejudicariam o desempenho.
Em um sinal de que a venda direta, que representa cerca de 80% do faturamento, segue como principal, a Eudora ampliará seu catálogo. Serão lançados neste ano mais de 120 produtos, em categorias ainda mantidas em sigilo pela companhia.
"Temos 370 itens e pretendemos chegar a 700 produtos em 2015", diz o diretor-executivo, Claudio Oporto.
No novo plano, algumas das 14 lojas serão fechadas e reabertas em outros pontos. Há casos de realocação dentro do mesmo shopping. Provisoriamente, funcionarão em quiosques, até que melhores locais sejam negociados.
"O multicanal reúne e-commerce, venda direta e loja. Geralmente, as empresas abrem um canal e depois entram nos outros. Nós começamos com todos. É um aprendizado", afirma.
As centrais de serviços, que são 14 lojas focadas nas revendedoras da venda direta, devem receber mais 12 unidades até o fim do ano.
A marca, que até agora manteve baixo investimento em comunicação, prepara sua primeira campanha.
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O que estou lendo: Mathias Becker, presidente da Renova Energia
"Adoro trocar sugestões de livros e estou gostando bastante do meu livro atual, "Como avaliar sua vida?", de Clayton Christensen", diz Mathias Becker, presidente da Renova Energia.
O primeiro contato de Becker com as ideias do livro foi em uma aula do professor Christensen sobre estratégia de inovação. Surpreendeu-se como o autor extraia aprendizado consistente de decisões e evoluções de empresas para a vida pessoal e vice-versa.
"Depois de dez anos e um câncer, colocou no livro as lições que empresas podem dar, em como fazer escolhas e suas implicações no longo prazo", diz. "Usando os erros e acertos das empresas, o livro é uma excelente provocação para refletirmos sobre o futuro que queremos dar a nossas vidas."
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Altos... Foram protestados 76.561 títulos em janeiro, segundo levantamento feito pelo Instituto de Estudos de Protesto de Títulos da Seção São Paulo com os dez tabeliães de protesto da capital.
...e baixos A alta foi de 22,4 % na comparação com dezembro. Em relação ao volume protestado em janeiro de 2012, houve uma queda de pouco mais de 10%, de acordo com dados da entidade.
Reunião... O Brasil vai sediar neste ano o Global Entrepreneurship Congress, evento mundial de empreendedorismo que reunirá representantes de 125 países no Rio entre os dias 18 e 21 de março.
...empreendedora Devem participar do evento Linda Rottenberg, cofundadora da Endeavor, e Laércio Cosentino, presidente do conselho de administração da Totvs, entre outros.
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