Chefes tribais participam de conferência reconciliatória em Bagdá
A conferência, que durará dois dias, foi inaugurada pelo primeiro-ministro iraquiano, o xiita Nouri al-Maliki, que pediu aos participantes que firmem uma estratégia em favor da tolerância e contra a violência e o terrorismo.
"A construção do Iraque será possível por meio do restabelecimento da paz e da segurança, e não mediante a violência", disse Maliki.
O premier disse que seu plano de reconciliação "acabará com os terroristas que atuam no Iraque para semear a discórdia e assassinar civis".
Líderes de tribos sunitas da rebelde província de Al-Anbar (oeste), reduto dos grupos insurgentes que atuam contra tropas americanas e as Forças de Segurança iraquianas, acusadas de "colaborar com a ocupação", participam da reunião de Bagdá.
"Temos que utilizar o diálogo e não as armas, já que as armas não podem solucionar nenhum problema entre os filhos de um mesmo país", acrescentou o primeiro-ministro.
Maliki também ressaltou que "a reconciliação e a união nacional são o melhor meio para levar as forças multinacionais (lideradas pelos EUA) a abandonar o país".
Milhares de pessoas morreram em atentados e ações de violência sectária no Iraque nos últimos três anos.
A violência sectária aumentou no país após o atentado de fevereiro contra um mausoléu xiita na cidade de Samarra, ao norte de Bagdá.
Maliki propôs em junho um plano de reconciliação que tem como objetivo incentivar os grupos sunitas, em cujas regiões se concentra a insurgência, a incorporar-se ao processo político no Iraque.
Cerca de 5 mil detentos foram postos em liberdade desde junho em cumprimento da proposta para reconciliação nacional. Fontes do Ministério da Justiça cifram em mais de 11.500 o número total de iraquianos detidos em prisões sob controle do Exército do Iraque e das tropas americanas.
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