PF prende delegado em flagrante
Conforme o corregedor, o delegado Waldeck Duarte tem 18 anos de polícia e, nesse período, já teve algumas passagens pela Corregedoria, por falta funcional, de menor grau ofensivo, que resultaram em sindicância administrativa.
No total, a apreensão da PF resultou em 25 ítens, sendo a maior parte deles de munição de vários calibres. Havia muitas armas na casa do delegado, segundo Vilela, mas a maioria regularizadas. As ilegais eram uma espingarda Rossi, um revólver Taurus e um revólver Schmidt. Essas três Duarte informou aos federais que seriam regularizadas até o final do ano.
De acordo com o corregedor geral, o delegado Duarte alegou, em sua defesa, ser um atirador desportivo, além de presidente do Clube de Tiro do Pantanal. Disse ainda que a presença de tanta munição seria em virtude dele ser instrutor da Academia de Polícia de Mato Grosso, na disciplina de Armamento e Tiro. Duarte foi preso e enquadrado no artigo 1216 da Lei 1.826.
O inquérito corre na Polícia Federal de Mato Grosso do Sul, sob a supervisão do delegado Aderson Vieira, que não foi localizado ontem para comentar o assunto. Porém, segundo o corregedor, a Justiça de Ponta Porã investiga a aquisição de armas compradas no Paraguai.
Outro lado - O advogado do delegado Waldeck Duarte, Ricardo Monteiro, afirmou que entra ainda hoje com pedido de liberdade provisória e acredita em uma decisão positiva este final de semana. O advogado nega que a polícia tenha encontrado armas em situação irregular e garante que seu cliente foi preso porque possuía algumas cápsulas de munição de uso restrito. Monteiro ressalta que as cápsulas eram utilizadas por Duarte nas aulas e que a polícia não oferece o material para ele demonstrar.
Monteiro ressaltou ainda que a Polícia Federal do MS teria chegado até Waldeck porque o nome do delegado teria sido citado em ligações grampeadas. "Eles vieram ouvir Waldeck e fazer a busca e apreensão para ver se ele não estava comprando armas no Paraguai". Duarte foi encaminhado para a Gerência de Polícia (Gepol), após depoimento. (Colaborou Andréia Fontes)
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