Indianos detidos atribuem falsa ameaça a mal-entendido
Os passageiros, todos muçulmanos, chegaram nesta madrugada ao aeroporto de Mumbai, no oeste da Índia, com três dias de atraso.
Nesta quarta-feira, um avião da companhia Northwest Airlines, com 149 passageiros, voltou ao aeroporto de Amsterdã escoltado por caças F-16 pouco depois de decolar com destino a Mumbai. O motivo foi o comportamento considerado "suspeito" dos 12 homens. As autoridades temiam que eles quisessem explodir o avião durante o vôo.
Interceptados por dois policiais que viajavam no avião, os 12 foram algemados e retidos no aeroporto de Amsterdã durante 30 horas.
Depois, acabaram sendo liberados sem acusações, depois de descartada qualquer relação com o terrorismo.
Ontem, o Governo indiano apresentou um protesto formal contra o incidente. Para o chefe da diplomacia indiana, Anand Sharma, foi um episódio "infeliz" e que "nunca deveria ter ocorrido".
O embaixador holandês em Délhi, Eric Niehe, chamado ao Ministério de Relações Exteriores, pediu desculpas, segundo a imprensa indiana.
Ao chegar hoje no aeroporto de Mumbai, um dos passageiros disse que passou por uma "experiência próxima à morte" na Holanda.
"Estávamos num país estrangeiro, ninguém cuidava de nós e fomos presos em pequenas celas", contou.
No entanto, todos garantiram que foram bem tratados pelas autoridades holandesas, segundo a agência local "PTI".
"Houve um mal-entendido por parte da companhia aérea. Mas todos nos trataram bem e agora só quero esquecer a má experiência", disse um deles, Mohammad Iqbal Batliwala.
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