Tevez afirma ter partido com o aval do MSI
Em entrevista ao canal Fox Sports, da Argentina, na noite desta sexta-feira, o jogador mostrou um fax, em português, com uma assinatura que seria de Kia, liberando-o até o dia 31 de agosto.
"Não foi um ato de rebeldia. Eu tinha a liberação da MSI. Era sabido no clube que eu estava saindo", afirmou. "Foi uma decisão difícil deixar o Brasil, mas fiz isso por minha família, por segurança".
Na entrevista, porém, Tevez disse que não tem mais vontade de jogar no Brasil e que a maioria dos colegas de clube sabia que ele estava de saída. Também criticou o novo técnico corintiano, Emerson Leão, e ironizou a competição nacional.
"Depois do Mundial, eu não tinha mais vontade de jogar no Brasil", disse Tevez. "É difícil sair de um jogo de Copa contra a Alemanha e atuar contra o Fortaleza num estádio vazio", afirmou.
O atacante explicou que estava desmotivado. "Eu era ídolo da torcida, poderia ficar lá se eu quisesse, mas eu quero novos desafios".
Tevez confirmou que muitos dos outros jogadores do Corinthians sabiam que ele faria contra o Botafogo o último jogo pelo Corinthians. "Oitenta por cento dos meu companheiros sabiam, mas pedi para eles não falarem nada".
O atleta ainda colocou como motivos para tomar a decisão de deixar o Brasil a fúria da torcida e Leão.
"Jogaram pedras no meu carro. Comigo podem fazer qualquer coisa, mas eu estava com a minha filha, e eu sou um pai como qualquer outro", disse, lembrando do episódio de ter o carro cercado por integrantes da Gaviões da Fiel, após fazer um gesto mandando a torcida se silenciar no empate por 2 a 2 com o Fortaleza.
Sobre Leão, Tevez disse que o treinador faltou com respeito. "Antes de assumir o time, ele disse que não gostava de argentinos. Depois me tirou a faixa de capitão. Ele mexeu comigo".
O jogador disse ainda que a única coisa que lhe dá saudades no Brasil é o carinho da torcida. "No dia seguinte (ao incidente com o carro), a Gaviões da Fiel veio me pedir desculpas dizendo que não havia sido responsável pela agressão e eu aceitei. Se eu tivesse que voltar ao Brasil seria apenas pela torcida, que me deu tudo por um ano e meio, que me amou, e eu nunca vou esquecer isso", concluiu.
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