Celulares começam a substituir relógios para ver as horas
A proliferação dos celulares, com sua lista de recursos adicionais, gerou como efeito colateral o fim da necessidade de usar um relógio de pulso, a menos que seu uso atenda a necessidades de moda.
Weintz, 37, disse ter recentemente abandonado seu confiável relógio Swiss Army, e agora usa o celular para ver as horas.
"A hora está logo ali (no celular)", disse Weintz, tirando um celular do bolso das calças. "E o fenômeno pode ser visto em toda parte na era digital. Além disso, caso eu veja uma mulher que me interesse na rua, posso abordá-la para perguntar a hora (já que estou sem relógio)."
As vendas de relógios de pulso, que estão em queda desde 2001, caíram em 4,9 por cento em 2005, de acordo com uma nova pesquisa de mercado.
Os homens, em especial, têm optado por abandonar os relógios, à medida que os celulares e os palmtops (PDAs) se tornam mais comuns, afirmou Tim Dowd, analista do grupo de pesquisa de mercado Packaged Facts e autor de um relatório intitulado "Relógios de pulso e outros nos Estados Unidos".
As mulheres demonstraram mais lealdade aos relógios, que assumiram função mais decorativa. Dos 69,9 milhões de adultos norte-americanos que adquiriram relógios de pulso no ano passado, 40,3 milhões eram mulheres, de acordo com Dowd.
"As mulheres investem mais em acessórios de moda", disse.
Dowd afirmou que os fabricantes de relógios estão começando a explorar seu uso como acessório, por meio de contratos publicitários com figuras populares como músicos de rock e atletas de snowboard.
O Swatch Group, maior fabricante mundial de relógios de pulso, com marcas como Omega e Tissot, anunciou alta em seus lucros, na quinta-feira, devido à forte demanda por modelos caros.
O grupo alterou seu mix de produtos, privilegiando os modelos mais luxuosos.
Chris Kelly, sócio de Weintz em uma empresa de design gráfico chamada Ignition13, disse que continua a usar relógio, um Omega vistoso de 3,5 mil dólares, mas apenas por motivos de moda.
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