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Internacional
Sexta - 25 de Agosto de 2006 às 15:05

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O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, disse hoje que o sucesso da mobilização da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) dependerá "criticamente" da atuação dos outros "atores" na região do Oriente Médio. Em entrevista coletiva após se reunir com os ministros de Exteriores da União Européia (UE), Annan ressaltou que a Finul não terá entre suas tarefas patrulhar a fronteira com a Síria, nem o desarmamento do Hisbolá, que precisará - segundo Annan - de um "acordo político" entre libaneses.

O secretário-geral comemorou que os países europeus tenham se comprometido a contribuir com "mais da metade" dos 15.000 soldados da Finul, e destacou, em particular, as contribuições da França, Itália e Espanha.

"Confiava muito em que a Europa assumiria sua responsabilidade e mostraria solidariedade ao povo libanês. Agora podemos começar a estabelecer juntos uma força crível", disse Annan, reivindicando que a mobilização comece em alguns "dias, não semanas".

Além disso, defendeu que o resto da comunidade internacional também "assuma sua responsabilidade", mostrou satisfação por países muçulmanos como Malásia, Indonésia e Bangladesh já tenham se comprometido a enviar tropas, e disse que está mantendo "contatos" sobre o assunto com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.

Canalizada a mobilização da força internacional, Annan disse que a atual conjuntura no sul do Líbano oferece "uma oportunidade única para transformar o fim de hostilidades em um cessar-fogo durável e em uma solução a longo prazo".

No entanto, Annan advertiu que a "maior preocupação é o contexto político" que cerca a missão internacional.

"A aplicação bem-sucedida e a estabilidade dependem criticamente da cooperação e apoio dos atores da região", disse Annan, que levará esta mensagem em seus encontros com autoridades do Líbano, de Israel e da ANP na próxima semana, e sondará também a atitude dos Governos da Síria e do Irã.

"Depois informarei ao Conselho de Segurança sobre como vejo a situação e como continuar", disse Annan, que especificou que o desarmamento da milícia xiita libanesa do Hisbolá previsto pela ONU não é tarefa das forças internacionais, mas precisa de um "acordo político" interno no Líbano.

"Os libaneses devem assumir suas responsabilidades e encontrar soluções nacionais", disse.





Fonte: EFE

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