Juiz britânico ordena prisão de suspeito de tentativa de atentado
Umair Hussain, de 24 anos e que mora no leste de Londres, compareceu ao tribunal de Westminster, no centro da capital britânica, após a Polícia fazer, na última quinta, acusações contra ele.
Hussain foi acusado de ocultar informação útil que poderia ajudar a impedir atos terroristas e, mais concretamente, de não revelar informações sobre seu irmão Nabeel Hussain, interrogado atualmente pela Scotland Yard por causa da suposta ligação com a conspiração.
Em uma breve audiência no tribunal de Westminster, o suposto terrorista se limitou simplesmente a confirmar seu nome e seu endereço. Ele terá que depor no dia primeiro de setembro ao mesmo tribunal através de vídeo-conferência.
O advogado do suspeito, Tim Rustem, afirmou estar "muito surpreso" com a detenção de seu cliente, que definiu como um homem que sente "orgulho" de ser muçulmano e britânico.
Outro irmão do suspeito, Mehran Hussain, de 23 anos, também foi acusado de não fornecer informações que poderiam prevenir atos terroristas. Na última terça, um juiz ordenou a prisão preventiva de 11 suspeitos, entre eles Mehran Hussain, por causa de seu possível envolvimento com o plano terrorista desarticulado pela Polícia no último dia 10.
Outras oito pessoas ficarão detidas até a próxima quarta, após um juiz do Tribunal Superior do Reino Unido ter autorizado há dois dias que a Scotland Yard prorrogasse seu interrogatório por mais uma semana.
É a primeira vez que um suspeito permanece preso no Reino Unido sem acusações por mais de 14 dias, limite estipulado pela lei de combate ao terrorismo anterior.
Segundo a nova legislação britânica de luta contra o terror a Polícia dispõe de um prazo máximo de 28 dias, desde o momento da detenção, para interrogar os suspeitos.
Entretanto, os policiais não podem usar estas quatro semanas sem requerer uma permissão judicial de tempo em tempo.
Um total de 24 suspeitos - todos muçulmanos britânicos e na maior parte de origem paquistanesa - foram detidos no dia 10 de agosto, quando a Polícia impediu um plano que utilizaria explosivos líquidos para destruir aviões em pleno vôo.
Os outros quatro suspeitos presos foram libertados sem acusações.
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