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Internacional
Sexta - 25 de Agosto de 2006 às 09:43

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A Itália prevê um "mecanismo de rodízio" à frente da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) e a criação de uma "estrutura de direção intermediária" entre a célula estratégica da ONU e o comando operacional atuante em território libanês, afirmou o ministro de Exteriores italiano, Massimo d''Alema.

O chefe da diplomacia italiana afirmou ao jornal francês "Le Monde" que "a experiência demonstra que não funciona" a relação direta entre a direção estratégica e o comando no teatro de operações, por isso é necessário "um comando interativo".

D''Alema afirmou que a Itália está disposta a assumir em algum momento o comando da Finul, reforçada segundo a resolução 1.701 do Conselho de Segurança da ONU.

"Se a Itália envia 3.000 soldados ao Líbano, poderá, em um dado momento, querer assumir o comando da Finul ampliada", assegurou o ministro italiano, que hoje se reunirá com os ministros de Exteriores da União Européia (UE) e com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para discutir a composição da Finul.

O chefe da diplomacia italiana negou que a Itália tenha reivindicado o comando da força e afirmou que sua pretensão é "simplesmente estar ali com a Europa e em nome da Europa".

"A Itália se vê ao lado da França e da Espanha, como três países mediterrâneos mobilizados na vanguarda da Europa", assegurou.

D''Alema ressaltou as diferenças entre a situação do Líbano e a do Iraque, país do qual a Itália retirou suas tropas após a chegada da centro-esquerda ao Governo.

"São dois casos diferentes. Neste estamos dentro da legalidade internacional. Vamos ao Líbano para restaurar a paz, não para ocupar o país, e em pleno acordo com o Governo libanês eleito", assegurou.

"O Iraque é uma tragédia e os projetos (americanos) do ''novo Oriente Médio'', um desastre. Os Estados Unidos necessitam da Europa desta vez. É preciso ajudar o país e aproveitar para tentar mudar sua perspectiva. É uma ocasião que a Europa deve assumir unida, enquanto na Guerra do Iraque estávamos divididos", disse.

Para D''Alema, a reunião de ministros de Exteriores europeus deve gerar "uma declaração segundo a qual a UE apoiará a resolução 1.701 e convidará os membros a dar sua contribuição" à Finul.

"O compromisso da União em si mesmo pode ser decisivo para convencer outros membros do Conselho de Segurança", afirmou.





Fonte: EFE

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