Preço do ovo tem recuperação no primeiro mês de 2013

 O ovo entrou em 2013 dando um susto no setor produtivo. Afinal, já no primeiro dia de negócios do ano, após permanecer cerca de duas semanas com a melhor cotação nominal de todos os tempos, o produto enfrentou retrocesso de preços. Que não cessaria aí, se estenderia até a terceira semana do mês.

É verdade que, frente a outras ocorrências recentes, o recuo enfrentado não chegou a ser significativo – de cerca de 10% em relação ao valor de fechamento de dezembro. Mas preocupou o fato de, sob condições de produção totalmente opostas às de janeiro do ano passado, os preços retrocederem praticamente na mesma velocidade anterior ou ainda mais rápido. 

Felizmente - e ao contrário de ocasiões similares anteriores - o setor soube agir rápida e eficientemente. Reconhecendo que não se pode desperdiçar ração cara para produzir um ovo que será vendido barato, o setor descartou as poedeiras mais velhas até reobter o equilíbrio entre oferta e demanda (em janeiro, menor que a de outros meses do ano). O resultado foi a reversão do mercado e – o mais surpreendente – uma retomada de preços nos derradeiros dias do mês.

Bem melhor que isso, no entanto, é a constatação de que janeiro de 2013 foi fechado com um preço médio menos de 4% menor que o de dezembro passado – resultado excepcional se considerado que, na média dos 10 anos anteriores, a remuneração alcançada em janeiro foi 12% menor que a registrada no mês anterior. 

Em função também desse desempenho, janeiro foi encerrado com a segunda melhor cotação nominal alcançada pelo ovo em todos os tempos, o que significa que abriu espaço para a obtenção de ainda melhores resultados em fevereiro.

Assim, com a chegada ao mercado da massa salarial a partir de hoje e até a semana que vem e com o início da Quaresma em menos de duas semanas, estão criadas as condições para que o recorde de dezembro seja superado.