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Internacional
Sexta - 25 de Agosto de 2006 às 07:54

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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, disse estar confiante de que países europeus vão fazer mais promessas de tropas para uma força de paz de 15.000 homens no Líbano, durante um encontro de emergência de chanceleres da União Européia nesta sexta-feira.

A Itália ofereceu até 3.000 soldados, e a França aumentou sua promessa para 2.000 na véspera do encontro de Bruxelas. Há crescente otimismo em relação ao aumento das contribuições, até agora pequenas, em resposta a pedidos dos Estados Unidos e de Israel.

"Estou muito confiante de que teremos um encontro de sucesso nesta tarde e que a Europa vai assumir sua responsabilidade e mostrar sua solidariedade ao povo do Líbano", disse Annan depois de encontro com o primeiro-ministro da Bélgica, Guy Verhofstadt.

Questionado se espera que a ONU consiga 15.000 homens para policiar a frágil trégua entre Israel e os guerrilheiros do Hizbollah, ele respondeu: "Não hoje, mas vamos chegar a 15.000 soldados".

Autoridades da ONU consideram um contigente europeu forte essencial para o equilíbrio da força de paz, que deverá ter também um forte componente muçulmano e trabalhar ao lado de soldados libaneses no sul do país.

As autoridades dizem que a força é necessária com urgência para preservar a trégua, que começou em 14 de agosto, depois de um mês de combates que deixaram mais de 1.300 mortos, a maioria civis libaneses.

Além de Itália e França, outros países que poderão contribuir são Bélgica, Espanha, Polônia e Finlândia.

Verhofstadt disse que a Bélgica vai ter "uma importante participação" na força. Os detalhes da contribuição serão anunciados por volta das 10h30 (horário de Brasília).

A Finlândia propôs formar um batalhão de até 800 soldados com outros países nórdicos. A Espanha deverá contribuir com entre 800 e 1.000 soldados.

Ainda há questões sobre a liderança da força. Roma e Paris ofereceram-se para assumir esse posto. A Itália propôs um comando conjunto, que também teria liderança a partir de Nova York.

"No terreno, a liderança vai continuar com a França nesta fase. O presidente Jacques Chirac esclareceu seus acordos com uma presença mais ampla e reforçada da atual Unifil", disse o ministro de Defesa da Itália, Arturo Parisi. "A Itália, por outro lado, terá o comando na DPKO (Departamento de Operações de Manutenção de Paz da ONU)".

A ONU tem também planos de criar um centro de comando menor, formado por países que contribuírem com forças, para tentar aliviar os temores da França de que não teria controle suficiente sobre seus soldados.





Fonte: Reuters

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