Transporte escolar precário prejudica alunos especiais em Várzea Grande
A Escola Professora Helena Antipoff, no Bairro Cristo Rei, com 181 alunos matriculados, conta com o serviço de dois carros disponibilizados pela prefeitura. O problema, de acordo com Gilmar Soares, é que são insuficientes para a quantidade de estudantes. O microônibus é adaptado para cadeirantes e os demais alunos são transportados no ônibus convencional.
“O resultado é preocupante, porque devido as distâncias muitas crianças chegam atrasadas diariamente e outras têm deixado de freqüentar a escola”, sublinha o presidente do Sintep-MT, acrescentando que a aula começa às sete e meia da manhã e vários alunos só conseguem entrar em sala por volta de 10 horas, na segunda viagem do ônibus.
Segundo a diretora Maria Ferreira, a situação também fica complicada no período vespertino quando vários estudantes, mesmo os que chegaram na metade da manhã, têm que sair da escola pouco depois das três horas da tarde para conseguir ser entregue em casa antes das 19 horas. Maria Ferreira conta que levou essa situação ao conhecimento da prefeitura, Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e ao Ministério Público Estadual.
Além de insuficientes para a quantidade de alunos, os ônibus também são precários. “Geralmente estragam o motor, justamente porque extrapolaram a vida útil”, frisa a diretora Maria Ferreira. Ela lembra que todos os problemas causados pelo transporte provocam a desistência dos alunos. Dos 181 matriculados 95 estão freqüentando a escola.
O presidente do Sintep-MT assegura que a situação na Escola Estadual Luz do Saber, também no Cristo Rei, é a mesma enfrentada na Professora Helena Antipoff. “Nessa unidade apenas setenta alunos estão freqüentando a escola”, informa Gilmar Soares, dizendo que os estudantes que conseguem utilizar o transporte ficam mais tempo no ônibus do que dentro de sala de aula. “Uma mãe me disse que o filho dela fica irritado, nervoso e descontrolado quando o ônibus atrasa ou não passa para buscá-lo, porque ele gosta de ir para a escola”, destaca o presidente do sindicato, garantindo que o Sintep-MT vai apresentar a denuncia junto ao Ministério Público Estadual para que a situação seja resolvida o mais rápido possível.
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