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Internacional
Sexta - 25 de Agosto de 2006 às 06:32

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A ministra de Assuntos Exteriores de Israel, Tzipi Livni, mostrou-se satisfeita hoje, ao reunir-se com sua homóloga da Grécia, Dora Bakoyannis, com a gestão do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para ampliar a força multinacional da ONU no Líbano de 2 mil para 15 mil homens.

A decisão foi determinada pela resolução 1701 do Conselho de Segurança, há duas semanas, tornando possível o cessar-fogo entre Israel e o Hisbolá. Hoje, Annan vai reunir-se para tratar da questão com os ministros de Assuntos Exteriores da União Européia (UE) em Bruxelas, antes de visitar a área na próxima semana.

Bakoyannis disse aos jornalistas que a Grécia também participará da Força Interina da ONU no Líbano (Finul). O país contribuirá com uma fragata e com uma unidade militar de terra, entre outros efetivos, indicou a chefe da diplomacia de Atenas.

Segundo Livni, o secretário-geral da ONU já teria a aprovação de vários países, com um total de entre 6 e 7 mil homens para integrar a Finul ampliada.

Funcionários do Ministério de Assuntos Exteriores em Jerusalém, também satisfeitos com os resultados obtidos por Annan, disseram hoje que, por enquanto, essa força contará com cerca de 7 mil homens e cooperará com 15 mil soldados do Exército libanês.

Até o momento, Itália, França, Bélgica e Grécia concretizaram com Annan suas contribuições à Finul.

A maioria dos países deseja enviar ajuda naval "mas não há lugar suficiente frente à costa libanesa", disse uma fonte israelense à rádio pública hoje.

Israel, que deve ceder suas atuais posições no sul do Líbano a essa força multinacional e ao Exército de Beirute, não admitirá que países que não reconheçam o Estado judeu façam parte dela.

Frente à oposição de Damasco ao posicionamento de parte dessa força multinacional em território libanês, mas junto à fronteira com a Síria, Livni afirmou que, em virtude da resolução 1701 da ONU, "a soberania do Líbano deve ser respeitada".

Segundo a resolução, o Governo do presidente Bashar al-Assad está obrigado a respeitar o embargo de armas à milícia do Hisbolá, que, segundo Israel, são fornecidas por este país e pelo Irã.

Israel renunciou por "falta de realismo" à exigência de desarmamento do Hisbolá, informou hoje o jornal "Jerusalem Post", segundo "a impressão deixada por Tzipi Livni nas reuniões que manteve esta semana com colegas europeus".

Por outro lado, o Governo israelense se manterá firme em relação à efetivação do embargo de mísseis, foguetes e outras armas que os milicianos costumam receber, em geral do Irã, acrescenta o jornal.




Fonte: EFE

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