Governo marfinense reage com idiferença a adiamento de eleições

O Governo da Costa do Marfim não demonstrou hoje maiores preocupações com o adiamento das eleições presidenciais anunciado pelo representante das Nações Unidas neste país, Pierre Schori.

O representante da ONU disse ontem que as esperadas eleições presidenciais, previstas para outubro de 2005 e adiadas por 12 meses devido a "dificuldades técnicas", também não poderão acontecer este ano devido aos mesmos problemas, aos quais, ressaltou o diplomata, se soma uma "falta de vontade política".

Um porta-voz da Presidência da marfinense disse, no entanto, que "o Governo não está preocupado com a data em que as eleições acontecerão".

"Queremos eleições confiáveis na Costa do Marfim", declarou o funcionário, que afirmou que o presidente do país, Laurent Gbagbo, demonstrou, sim, vontade política de realizar o pleito.

"Quando Schori fala de falta de vontade política se refere aos (antigos) rebeldes, pois nós demonstramos boa vontade", acrescentou o porta-voz, que preferiu não adiantar uma nova data provável para as eleições.