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Agronegócios
Sábado - 16 de Fevereiro de 2013 às 21:16

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A incerteza sobre a quantidade e distribuição de chuvas no final do ciclo do milho safrinha é motivo de dúvida para os agricultores na hora de definir a dosagem da adubacao nitrogenada de cobertura a ser utilizada nas lavouras. O uso de sensores é uma alternativa para melhor dosar e distribuir o nitrogênio na área. A utilização desta tecnologia será apresentada em uma das sete estações do 3º dia de campo sobre Sistemas Integrados, que a Embrapa e a Famato promovem na próxima sexta-feira (22), em Sinop.

Os sensores, que podem ser portáteis ou instalados nas máquinas, mostram a quantidade de nitrogênio disponível nas folhas. Com esta informação, eles determinam a dose de adubo que deve ser aplicada em cada área. “São sensores com os quais você consegue detectar a deficiência de nitrogênio na planta em tempo real, quando eles fazem a leitura e aplicação em uma única operação. É possível também mapear a demanda de nitrogênio espacialmente, gerar mapas e fazer aplicação de acordo com os mapas. Estes sensores também podem ser utilizados fazendo uma leitura média da área e aplicando uniformemente”, explica o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril Luciano Shiratsuchi.

De acordo com o pesquisador, a tecnologia já é utilizada em vários locais, porém com algoritmos desenvolvidos para condições de milho safra. A Embrapa Agrossilvipastoril já está trabalhando na adaptação para as condições de segunda safra em Mato Grosso. Entretanto, enquanto o novo algoritmo não é disponibilizado, é possível adaptar as indicações das fórmulas já existentes de acordo com as variáveis de chuva. Assim, o produtor pode reduzir custos e até mesmo aumentar sua produtividade.

“A adubação nitrogenada corresponde a cerca de 80% dos custos com fertilizantes na safrinha de milho. A utilização dos sensores permite melhor alocar este nitrogênio, evitando desperdícios em áreas desnecessárias e reforçando a dose onde a demanda é maior”, explica Shiratsuchi. Além de apresentar os tipos de sensores já disponíveis para os produtores, os participantes do dia de campo poderão ver um experimento que mostra a resposta do milho às diferentes dosagens de nitrogênio.

O dia de campo terá também palestras sobre consórcio milho/braquiária e milho/crotalária; cultivares de soja BRS convencionais e transgênicas; cultivares e plantio direto de arroz; cultivo de feijão na safrinha; recomendações para implantação de sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF), sistemas agroflorestais (Safs); impacto para o produtor do novo código florestal; e opções de plantas forrageiras.






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