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Internacional
Quinta - 24 de Agosto de 2006 às 11:05

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O premiê de Israel, Ehud Olmert, prometeu nesta quinta-feira gastar mais de 2 bilhões de dólares em obras de reconstrução nas áreas do norte do país que sofreram danos durante os 34 dias de guerra contra o Hizbollah.

Olmert espera receber até 300 milhões de dólares por meio de doações do exterior, em especial de organizações judaicas dos Estados Unidos, e prometeu reservar, nos próximos Orçamentos do país, recursos extras para o norte.

"Segundo minhas estimativas, no curso de mais de um ano fiscal, o total pode chegar a 10 bilhões de shekels (2,3 bilhões de dólares)", afirmou o premiê a líderes e autoridades de Nahariya, uma cidade que fica perto da fronteira com o Líbano.

"A essência de nossa missão é transformar esses eventos negativos em oportunidades. Bilhões serão investidos para transformar o norte no paraíso que ele pode ser", disse.

O dirigente não especificou de onde os fundos viriam e disse que o gabinete de governo discutiria, nas próximas semanas, os ajustes a serem feitos nos gastos públicos.

Os índices de popularidade de Olmert despencaram depois da guerra, e o premiê está ansioso para mostrar trabalho.

O Orçamento de Israel para 2006 acaba de ser aprovado, mas mudanças devem ser feitas devido aos custos extras representados pela guerra no Líbano. Já o debate sobre o Orçamento de 2007 deve começar dentro em breve. Muitos políticos são contrários ao aumento dos gastos públicos.

"Na próxima semana, vamos formar um gabinete especial que se reunirá para discutir as necessidades do norte de Israel", afirmou Olmert, empossado em maio passado como líder de uma coalizão de governo ampla. "Mais dinheiro de Orçamentos já aprovados será investido. E isso deve ser elaborado em um plano a ser aprovado não dentro de um ano, mas dentro de duas semanas".

Nas últimas semanas, organizações judaicas dos EUA como o Apelo Judaico Unido começaram a levantar fundos para ajudar na reconstrução de casas e escolas do norte, região atingida por cerca de 4.000 foguetes do Hizbollah durante a guerra.

Olmert afirmou prever a chegada de "mais de 300 milhões de dólares" em doações vindas do exterior e que esse dinheiro seria investido em comunidades menos abastadas do norte.

Mais de 1 milhão de pessoas foram afetadas em Israel devido aos mísseis do Hizbollah. Muitas delas fugiram para o sul a fim de escapar dos ataques. Algumas, ao regressarem, encontraram suas casas bastante danificadas ou destruídas. Outras buscaram refúgio em abrigos antiaéreos.

Desde o final da guerra, terminada com a entrada em vigor de uma trégua no dia 14 de agosto, houve protestos contra o governo e a forma como o conflito foi conduzido. Entre os manifestantes, há um grande número de reservistas das Forças Armadas. Muitos avaliaram o cessar-fogo como uma derrota para Israel porque a liderança do Hizbollah continua de pé e porque os dois soldados israelenses, cuja captura no dia 12 de julho detonou o conflito, ainda continuam nas mãos da guerrilha libanesa.

Durante visitas a várias cidades do norte do Estado judaico, Olmert prometeu repetidas vezes fazer o que for possível para melhorar a vida dos moradores dessa região.

"Prometo que vou vir para cá mais algumas vezes. Essa é a principal prioridade nacional de Israel", afirmou.

"Espero que esse seja o primeiro grande passo para a volta da normalidade".





Fonte: Reuters

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