Paquistão busca alemão relacionado a plano terrorista em Londres
As autoridades britânicas pediram ao Paquistão que localize Bahaji, que já era procurado por sua suposta relação com os ataques do 11 de setembro nos EUA e é especialista em internet.
Segundo informações oferecidas pelos britânicos às agências paquistanesas, Bahaji é um alemão de origem marroquina, membro de uma célula da Al Qaeda em Hamburgo, na Alemanha, que viajou ao Paquistão uma semana antes dos ataques de 11 de setembro.
Aparentemente, o nome de Bahaji foi mencionado quando as autoridades de inteligência britânicas analisavam o desvio de fundos do Reino Unido para organizações islâmicas no Paquistão, na investigação do plano frustrado para explodir os aviões.
Segundo as informações da inteligência, a organização humanitária britânica Crescent Relief tinha ligação com a família de Rashid Rauf, detido no Paquistão em 9 de agosto e que estaria envolvido na tentativa de atentado.
A Crescent Relief, que surgiu em 2000, tem entre seus fundadores Abdul Rauf, pai de Rashid.
Fontes da inteligência paquistanesa afirmaram que um dos 24 suspeitos detidos no Reino Unido por relações com a tentativa de atentado tinha se comunicado com Bahaji em 2005, através da troca de e-mails.
Bahaji já era procurado por ter sido colega de quarto de Mohammed Atta, considerado líder dos atentados de 11 de setembro, e de Ramzi Binalshibh, coordenador dos ataques, que já foi preso no Paquistão.
Aparentemente, Bahaji se aproveitou de sua cidadania alemã para fornecer apoio logístico e se esconder enquanto a conspiração era organizada.
A agências paquistanesas afirmam que Bahaji viajou ao Paquistão em 4 de setembro de 2001, sete dias antes dos atentados contra os EUA, e disse a seu chefe que teria uma bolsa de estudos em uma companhia de software no país.
Bahaji aterrissou em Karachi, no sul do país, com outros três extremistas argelinos e foi para Peshawar (noroeste), de onde depois se dirigiu ao Afeganistão.
As agências britânicas acreditam que o suspeito deve ter voltado ao Paquistão para se esconder depois da queda do regime talibã.
A imprensa britânica publicou que dois suspeitos detidos no Paquistão ligados ao plano para explodir os aviões tinham contatos na Alemanha, país que um deles já tinha visitado anteriormente.
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