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Economia
Quinta - 24 de Agosto de 2006 às 09:29

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O vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, embarcou rumo ao Brasil para se reunir nesta quinta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restabelecer as negociações sobre o preço do gás natural boliviano.

García lidera uma missão designada pelo presidente Evo Morales. O objetivo é desbloquear as conversas bilaterais, diante da negativa do governo brasileiro em aceitar um ajuste de preços para o gás natural que importa da Bolívia.

O vice-presidente confirmou o motivo de sua viagem em entrevista coletiva no aeroporto de Santa Cruz, onde fez uma escala antes de partir para Brasília.

O governo boliviano quer aumentar de US$ 4 para US$ 7,50 ou US$ 8 o preço por milhão de unidades térmicas britânicas (BTU) de gás natural.

García deve conversar nesta quinta-feira com o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e depois com o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau.

Depois será recebido pelo presidente Lula e pelo co ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. A visita de García não inclui nenhuma reunião com os executivos da Petrobras, que é a maior crítica a um ajuste de preços.

Ministro

O ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz, ratificado no cargo nesta quinta-feira pelo presidente Morales, apesar de uma moção de uma censura do Senado, insiste numa negociação política do preço do gás.

Soliz voltou a dizer que o gás boliviano ganha em qualidade dos combustíveis poluentes usados na área industrial de São Paulo, a um preço igual ao pedido pela Bolívia.

A nacionalização dos hidrocarbonetos, decretada por Morales dia 1º de maio, e a ocupação militar das refinarias da Petrobras na Bolívia, estremeceram as relações entre os dois países.

Desde 29 de junho, Petrobras e estatal boliviana YPFB realizaram quatro reuniões para discutir o preço do gás, mas não chegaram a um acordo. No dia 11 de agosto, as duas estatais decidiram estender as negociações por mais 60 dias.





Fonte: 24HorasNews

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