Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quarta - 23 de Agosto de 2006 às 16:05

    Imprimir


As preocupações com o rumo da economia dos Estados Unidos derrubam a Bovespa nesta quarta-feira. Às 14h35, a Bolsa brasileira recuava 2,62%, para 35.715 pontos --perto do patamar mínimo do dia, de 35.686 pontos--, com giro de R$ 1,454 bilhão. O mau humor já dura cinco pregões --no período, a Bovespa perdeu cerca de 5%.

Neste mês, o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) interrompeu o ciclo de alta dos seus juros após 17 aumentos. A esperança do mercado é de que não seja necessário tão cedo voltar a elevar a taxa, que está em 5,25%, e por isso cada indicador econômico divulgado é analisado com atenção para calibrar as expectativas.

Essas dúvidas têm provocado volatilidade na Bovespa. Quando os juros dos EUA sobem, grandes investidores internacionais abandonam suas aplicações em mercados como o brasileiro para se refugiar em ativos de menor risco, por exemplo os treasuries (títulos do Tesouro americano).

Tal movimento começou com força e maio, e os especialistas acreditavam que os investidores começariam a voltar depois que o Fed parasse de aumentar a taxa, mas, como as incertezas permanecem, eles continuam saindo. O saldo de investimento estrangeiro na Bovespa está negativo em R$ 520,559 milhões até o dia dezoito de agosto, resultado de vendas de ações de R$ 10,891 bilhões e compras de R$ 10,371 bilhões. No acumulado do ano, o saldo está negativo em R$ 1,725 bilhão.

Hoje o motivo para pessimismo são dados que sinalizam o desaquecimento da maior economia do planeta. As vendas de casas usadas nos EUA caíram 4,1% no mês passado ante junho, chegando a uma taxa anualizada de 6,33 milhões de unidades --o menor nível desde janeiro de 2004--, quando a projeção dos economistas era de 6,55 milhões.

A Bolsa de Nova York caía 0,65%, para 11.264,76 pontos, e a Nasdaq (que reúne ações de empresas de tecnologia) tinha baixa de 0,62%, a 2.136,66 pontos.

Na opinião de analistas, a Bovespa deve continuar caminhando sem tendência definida nos próximos dias, podendo chegar até o piso psicológico de 34 mil pontos. A partir daí, alguns papéis começam a ficar com preços atraentes para compra. Para os pequenos investidores em tem ações, a recomendação é cautela e sangue-frio para enfrentar a turbulência.

O dólar comercial não conseguiu se manter alheio ao mau humor. Tendo recuado até R$ 2,129 pela manhã, mudou de tendência e subia 0,23%, vendido a R$ 2,143. O risco-país tinha alta de 0,91%, aos 221 pontos. O Banco Central, que tem realizado leilões de compra de divisas quase diariamente, ainda não atuou hoje.

Paralelo e turismo

O paralelo ficava estável a R$ 2,35 e o turismo se mantinha em R$ 2,24.





Fonte: Folha Online

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/281016/visualizar/