Argentina anuncia programa nuclear de US$ 3,5 bilhões
O Plano Argentino Nuclear será anunciado hoje na sede da Presidência argentina, a Casa Rosada, e estará centrado em três áreas principais: produzir urânio enriquecido, concluir a central atômica de Atucha 2 e construir uma nova usina atômica, que seria a quarta do país.
A Argentina possuía tecnologia nuclear de ponta durante as décadas de 1970 e 1980, o que gerou desconfiança nos governos brasileiros da época diante de rumores sobre pesquisas orientadas à fabricação de armas atômicas.
Com o retorno da democracia em 1985, os presidentes Raul Alfonsin e José Sarney acertaram um programa de liberação de informações recíprocas para favorecer a mútua confiança.
Alguns dos melhores pesquisadores eram enviados ao Instituto Balseiro, em Bariloche, na Patagônia, onde se especializavam na área nuclear. A Argentina aderiu ao Programa de Não-Proliferação Nuclear e na década de 1980 suspendeu as pesquisas relacionadas ao enriquecimento de urânio, assim como o desenvolvimento do Míssil Condor, que, em hipótese, podia ter capacidade de transportar ogivas nucleares.
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