Estilistas mostram moda contemporânea e artesanal no Fábrica Morumbi
Participaram desse evento Andrea Sahyoun, Carolina Satie, Juliana Martins, Luiza Perea e Nuri Choo, recém-formadas no curso de Moda pela Faculdade Santa Marcelina. Elas desenvolveram suas coleções sob a coordenação do estilista Walter Rodrigues, que é curador do projeto.
Além do desenvolvimento das coleções, as estilistas têm que cumprir uma meta estipulada pelo Sebrae, de fazer parcerias com cooperativas de diversas regiões do país, com o objetivo de resgatar a cultura brasileira através da moda.
A estilista Andrea Sahyoun mostrou na passarela uma coleção inspirada no desejos contidos que são extravasados no verão. Ela criou peças em tecidos leves e com transparências em cores frias como branco, bege e verde. Ela trabalhou em parceria com a cooperativa "Água Santa", da cidade de Franca, de São Paulo.
Carolina Satie buscou nas roupas que ficam estendidas no varal e na literatura de cordel inspiração para criar sua coleção de verão repleta de sobreposições, volumes balonês e godês em tecidos molengas e leves.
As peças trazem detalhes de sobreposição que ressaltam a idéia de que a roupa está estendida em um varal, por meio de inversões, pregas e aplicações de pingo d'água. Ela desenvolveu sua coleção em parceria com as cooperativas "Casa Figueiredo" de Taubaté - SP, "Retalhos e Bicos", de Pilar do Sul - SP, e "Rosário em Contas", da cidade de São Miguel Arcanjo.
Juliana Martins criou uma coleção inspirada nas libélulas. Ela também aposta nos tecidos leves e transparentes para o verão, em cores fortes, furta-cor, metalizadas e outras quase transparentes. Um dos destaques foram as mandalas aplicadas nas peças, com o objetivo de moldar o corpo. Ela trabalhou junto com as cooperativas "Cadoc", de Dois Córregos, e com a "Associação Cornélia Vlieg", de Campinas.
Luiza Perea apresentou uma coleção de joalheria inspirada na coletânea de fotos aéreas de Yann Arthus, publicada no livro The Earth. Ela misturou materiais como couro e prata, e apostou nas cores como o verde das florestas troipicais e o colorido dos curtumes marroquinos, que segundo ela, são as cores do mundo quando observadas de cima. As cooperativas "Tecendo Arte" de Jaú, e "jangada", de Iporanga - ambas de São Paulo - foram as parceiras da estilista no desenvolvimento da coleção.
Cruzada Medieval, conceitos de alquimia e arquitetura Gótica foram as bases para o desenvolvimento da coleção de acessórios de Nurie Choo. Na linha de acessórios foram utilizados materiais como madeiras, metais, couros e jeans. Na coleção de estilo, os materiais usados foram tule, malha, cetim e jeans.
Nurie trabalhou formas contrastantes, cores escuras e apagadas como preto, azul, vermelho sangue, vermelho apagado acinzentado, cáqui, roxo e creme. As peças trazem detalhes de macramé, cordões, patchwork, couro texturizado e retalhos em escama de peixe. As cooperativas parceiras foram a "Associação Cornélia Vlieg", de Campinas - SP, "Grupo de Retalhos", de Santo Antônio do Pinhal - SP e "Grupo Tabor" de São Paulo.
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