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No julgamento de Saddam, mãe descreve morte do filho
Uma mulher da etnia curda contou como um de seus filhos morreu devido a um ataque químico no terceiro dia julgamento do ex-presidente do Iraque Saddam Hussein por genocídio.
O ex-líder iraquiano e outros seis réus estão sendo julgados pela operação Anfal, na qual armas químicas teriam sido usadas contra três mil vilarejos no norte do Iraque na década de 80.
Na terça-feira duas testemunhas descreveram ataques com armas químicas em seus vilarejos. A promotoria alega que mais de 180 mil civis foram mortos.
Adiba Oula Bayez, que tem cinco filhos e é casada com uma das testemunhas que deram depoimento na terça-feira, Ali Mustapha Hama, descreveu o ataque em seu vilarejo, Balisan, no dia 16 de abril de 1987.
Bayez afirmou que aviões jogaram bombas que espalharam uma fumaça que cheirava "como maçãs podres".
"Minha filha Narjis me procurou, reclamando de dores em seus olhos, peito e estômago. Quando cheguei perto para ver ela vomitou. Fui lavar seu rosto... vi que todos os meus outros filhos estavam vomitando", disse.
"Então meu estado piorou também. Foi quando percebemos que a arma era venenosa, química", afirmou.
Cegueira
Adiba Oula Bayez descreveu como sua família ficou cega devido ao ataque, procurou abrigo junto com outros moradores do vilarejo e foi levada para um centro de detenção.
"Fiquei cega por vários dias. Meus filhos também. Eu apenas gritava. No quinto dia abri um pouco os meus olhos e vi uma cena terrível. Meus filhos e minha pele estavam pretos", disse.
Bayez disse à corte que um de deus filhos morreu depois dos ataques e ela sofreu dois abortos espontâneos seguidos.
"Que Deuz cegue todos eles", disse Bayez apontando para Saddam Hussein e outros réus.
As duas testemunhas de terça-feira descreveram como as pessoas ficaram cegas e vomitaram depois do ataque químico.
Todos os réus são acusados de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Saddam Hussein e Ali Hassam al-Majid também foram acusados de genocídio.
Se forem condenados os sete poderão receber a pena de morte.
Saddam e os sete réus diferentes já foram julgados pela morte de 148 xiitas em Dujail, em 1982. Um veredicto relativo a esse caso deve ser anunciado no dia 16 de outubro.
A audiência desta quarta-feira deste segundo julgamento do ex-líder iraquiano foi suspensa e os trabalhos serão retomados no dia 11 de setembro.
O ex-líder iraquiano e outros seis réus estão sendo julgados pela operação Anfal, na qual armas químicas teriam sido usadas contra três mil vilarejos no norte do Iraque na década de 80.
Na terça-feira duas testemunhas descreveram ataques com armas químicas em seus vilarejos. A promotoria alega que mais de 180 mil civis foram mortos.
Adiba Oula Bayez, que tem cinco filhos e é casada com uma das testemunhas que deram depoimento na terça-feira, Ali Mustapha Hama, descreveu o ataque em seu vilarejo, Balisan, no dia 16 de abril de 1987.
Bayez afirmou que aviões jogaram bombas que espalharam uma fumaça que cheirava "como maçãs podres".
"Minha filha Narjis me procurou, reclamando de dores em seus olhos, peito e estômago. Quando cheguei perto para ver ela vomitou. Fui lavar seu rosto... vi que todos os meus outros filhos estavam vomitando", disse.
"Então meu estado piorou também. Foi quando percebemos que a arma era venenosa, química", afirmou.
Cegueira
Adiba Oula Bayez descreveu como sua família ficou cega devido ao ataque, procurou abrigo junto com outros moradores do vilarejo e foi levada para um centro de detenção.
"Fiquei cega por vários dias. Meus filhos também. Eu apenas gritava. No quinto dia abri um pouco os meus olhos e vi uma cena terrível. Meus filhos e minha pele estavam pretos", disse.
Bayez disse à corte que um de deus filhos morreu depois dos ataques e ela sofreu dois abortos espontâneos seguidos.
"Que Deuz cegue todos eles", disse Bayez apontando para Saddam Hussein e outros réus.
As duas testemunhas de terça-feira descreveram como as pessoas ficaram cegas e vomitaram depois do ataque químico.
Todos os réus são acusados de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Saddam Hussein e Ali Hassam al-Majid também foram acusados de genocídio.
Se forem condenados os sete poderão receber a pena de morte.
Saddam e os sete réus diferentes já foram julgados pela morte de 148 xiitas em Dujail, em 1982. Um veredicto relativo a esse caso deve ser anunciado no dia 16 de outubro.
A audiência desta quarta-feira deste segundo julgamento do ex-líder iraquiano foi suspensa e os trabalhos serão retomados no dia 11 de setembro.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/281090/visualizar/
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