IPCA-15 inverte e aponta inflação de 0,19%, diz IBGE
Segundo o IBGE, a aceleração da inflação se deve ao comportamento dos alimentos e bebidas, combustíveis e ao aumento dos salários de empregados domésticos.
O grupo Alimentação e Bebidas, por exemplo, saiu de -0,02% em julho para 0,18% em agosto. As principais influências vieram do avanço dos preços de frutas (11,32%) e do arroz (3,80%).
Os combustíveis também contribuíram para a alta. Os preços da gasolina haviam caído 0,40% em julho e apresentaram em agosto alta de 0,46%. Já os preços do álcool ficaram 1,87% mais caros após queda de 3,76% em julho.
O aumento das tarifas dos ônibus intermunicipais (3,13%) e interestaduais (5,97%) também pressionaram o grupo Transportes.
Além disso, o pagamento dos salários dos empregados domésticos também pesou no IPCA-15 do mês, com uma alta de 2,26%, que refletiu parte do reajuste do salário-mínimo ocorrido em abril.
Sobre os índices regionais, Brasília ficou com o maior resultado: 0,91%. O menor foi registrado na região metropolitana de Recife: -0,09%. São Paulo registrou inflação de 0,11%.
Para cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 14 de julho a 14 de agosto e comparados com os vigentes de 13 de junho a 13 de julho. O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA-E, a diferença está no período de coleta dos preços. Já o IPCA-E, é o IPCA-15 acumulado em cada trimestre do ano.
Neste mês, o IBGE mudou a estrutura de pesos no cálculo da taxa. A partir de agora, o índice leva em conta os dados de gastos de consumo da Pesquisa de Orçamento Familiar de 2002 e 2003.
Desta forma, itens como telefone celular e serviço bancário, por exemplo, ganham peso. Enquanto que outros, como energia elétrica, aluguel e álcool combustível, perdem importância.
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