Anistia Internacional acusa Israel de crimes de guerra no Líbano
"A destruição extensiva de centrais eléctricas, de estações de tratamento de água e de infra-estruturas rodoviária indispensáveis para o transporte de alimentos e de ajuda humanitária era deliberada e fazia parte integral da estratégia militar de Israel no sul do Líbano", acusa o documento da AI, organização de defesa dos direitos humanos com sede em Londres.
"Muitos ataques dirigidos contra estruturas civis, ataques indiscriminados e desproporcionais, são crimes de guerra", declarou a secretária-geral executiva adjunta da Anistia Internacional, Kate Gilmore.
"O tipo de ataques, sua extensão e sua amplitude fazem com que as afirmações de Israel de que estas destruições seriam apenas danos colaterais, simplesmente, não sejam dignas de crédito", acrescentou Kate Gilmore.
Vários alvos estavam situados em zonas sem interesse estratégico aparente para o Exército israelense, destacou. Para fundamentar as acusações, a AI lembra uma declaração do chefe do Estado-Maior israelense, Dan Halutz. O militar chegou a afirmar durante a ofensiva: "Nada está a salvo (no Líbano), é simples assim".
A ofensiva israelense contra o Hezbolá começou depois do seqüestro de dois soldados hebreus pela milícia xiita, em 12 de julho, e terminou no dia 14 de agosto.
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