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Internacional
Quarta - 23 de Agosto de 2006 às 04:23

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O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, ordenou pela primeira vez o pagamento de salários aos milicianos do Hamas e dos Comitês Populares da Resistência (CPR), incorporados recentemente às Forças de Segurança, informaram hoje fontes palestinas próximas ao Governo.

A maioria dos 4 mil milicianos pertence às Brigadas de Izadin al-Qassam, braço armado do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas). O grupo é chefiado por Youssef Zahar, irmão do ministro de Relações Exteriores da ANP, Mahmoud Zahar.

O presidente palestino, que está na Jordânia, tomou a decisão no mesmo dia em que começa uma greve geral de funcionários públicos, que estão há quase seis meses sem receber seus salários.

Abbas e o primeiro-ministro, afastados por razões ideológicas e políticas, acertaram recentemente a incorporação aos órgãos oficiais de segurança de cerca de 3.500 milicianos, que formavam uma "força operacional" a serviço do Governo de Haniyeh e atuavam de forma paralela à Polícia da ANP, controlada pelo Fatah. O acordo incluiu 500 milicianos dos CPR.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), líder do Fatah, considerava ilegal a "força operacional" do Hamas, criada pelo ministro do Interior, Said Siam, para "impor a ordem e a segurança" em Gaza.

O Governo de Haniyeh decidiu ontem, às vésperas do mês sagrado de Ramadã, pagar US$ 100 mensais a cerca de 50 mil operários palestinos que perderam seus postos de trabalho em Israel. Milhares deles se manifestaram há três dias devido à falta de emprego em Gaza. O dinheiro para pagar os milicianos é parte do que foi obtido por Abbas com a Liga Árabe para pagar a 170 mil funcionários públicos.

A União Palestina de Professores, que reúne 8 mil trabalhadores, anunciou uma greve ontem na cidade cisjordaniana de Belém. O porta-voz do Governo, Ghazi Hamad, ameaçou demitir os grevistas.

O Governo da ANP está sob bloqueio econômico e político desde que Haniyeh assumiu o poder, em março.




Fonte: EFE

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