Indústria responde por mais de 80% do saldo positivo

O conjunto da atividade industrial impulsiona o saldo positivo de empregos em Mato Grosso no acumulado do ano, com o saldo positivo de 10,767 mil novas vagas no mercado de trabalho no universo total de 12,957 mil postos. A participação corresponde a 83,09% e inclui os setores da indústria de transformação, extrativa mineral, construção civil e serviço industrial de utilidade pública (geração de energia).

Somente no mês de julho a atividade industrial soma 1,383 mil empregos do saldo geral do Estado de 2,770 mil postos de trabalho. "Isso comprova que uma das saídas para Mato Grosso se afastar da crise é a industrialização e mostra que a economia não se resume à pecuária e soja", avalia o assessor econômico da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Carlos Vitor Timo. Isoladamente a indústria de transformação tem maior peso e responde por um saldo positivo de 8,881 mil empregos no acumulado de janeiro a julho e de 777 postos de trabalho no mês passado.

Comércio - O comércio registra o maior saldo negativo de empregos entre os setores da economia de Mato Grosso, de 185 postos de trabalho. O presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio), Pedro Nadaf, alerta que o quadro só irá amenizar no último trimestre do ano em função do efeito sazonal das contratações ante as compras de Natal. Ele destaca que a atividade mantém hoje um índice de ociosidade de 40% entre o volume de vendas e o número de trabalhadores, margem que barra novas contratações por enquanto.

No mês passado, conforme os dados do Caged, o comércio empregou 4,261 mil pessoas ante o balanço de demissões de 4,446 mil trabalhadores. O resultado é puxado pelo varejo, com saldo negativo de 173 vagas, fruto de 3,695 mil admissões contra 3,868 mil desligamentos. Com a contratação em massa no período de festas, intensificada pelos empregos temporários, a expectativa da Fecomércio é que a taxa de ociosidade caia 2%, com a admissão de cerca de 7 mil pessoas.(JS)